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Dino volta a criticar Câmara e diz que investigação da PF sobre emendas é “necessidade nítida”

O ministro do STF também autorizou execução de verbas já empenhadas e movimentação de recursos para saúde

O ministro Flávio Dino permitiu o empenho, até o dia 31 de dezembro, de emendas destinadas a saúde, e a movimentação até 10 de janeiro de recursos já movimentados em fundos da área (Gustavo Moreno/STF/Flickr)

O ministro Flávio Dino permitiu o empenho, até o dia 31 de dezembro, de emendas destinadas a saúde, e a movimentação até 10 de janeiro de recursos já movimentados em fundos da área (Gustavo Moreno/STF/Flickr)

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Publicado em 29 de dezembro de 2024 às 16h54.

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O ministro Flávio Dino, do Supremo Tribunal Federal (STF), voltou a criticar os argumentos da Câmara dos Deputados em relação à indicação de emendas parlamentares e afirmou que a necessidade da investigação da Polícia Federal (PF) sobre o tema "torna-se a cada dia mais nítida". Dino, por outro lado, concordou em liberar parte dos recursos bloqueados, para evitar prejuízo dos municípios.

Em decisão deste domingo, o ministro do STF autorizou a continuidade de execução de emendas de comissão que já haviam sido empenhadas antes da decisão que suspendeu o pagamento de R$ 4,2 bilhões. Dino também permitiu o empenho, até o dia 31 de dezembro, de emendas destinadas a saúde, e a movimentação até 10 de janeiro de recursos já movimentados em fundos da área.

Dino afirmou que há uma "nulidade insanável" no ofício, assinado por 17 líderes da Casa, que pediu a liberação dos R$ 4,2 bilhões, e que "ao Poder Executivo fica definitivamente vedado empenhar o que ali consta". Entretanto, para "evitar insegurança jurídica", o ministro decidiu admitir "excepcionalmente" a continuidade da execução do que foi empenhado até o dia 23 de dezembro, quando ele determinou a suspensão.

A fim de evitar insegurança jurídica para terceiros (entes da Federação, empresas, trabalhadores), o ministro decidiu admitir “excepcionalmente” a continuidade da execução do que já foi empenhado como “emenda de comissão” até o dia 23 de dezembro de 2024, salvo outra ilegalidade identificada em cada caso concreto.

Na segunda-feira, Dino determinou que o governo suspendesse o pagamento de R$ 4,2 bilhões em emendas parlamentares que estavam previstas para serem pagas até o fim do ano, por considerar que as indicações não atenderam aos critérios estabelecidos. O ministro ainda mandou que a PF apure se houve irregularidades em manobra feita pela Câmara para executar os recursos.

Na sexta-feira, a Câmara pediu a Dino o desbloqueio dos recursos, alegando que não houve descumprimento das regras vigentes.

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