Agência de notícias
Publicado em 15 de setembro de 2025 às 14h20.
O ministro Flávio Dino, do Supremo Tribunal Federal (STF), suspendeu os repasses de emendas especiais (conhecidas como emendas Pix) com suspeitas de irregularidades destinadas ao Rio de Janeiro e a outras oito cidades. A decisão ocorreu após a Controladoria-Geral da União (CGU) apontar possíveis falhas na destinação de recursos.
Dino determinou que o "governo federal suspenda os repasses relativos às emendas auditadas com indícios de crimes". O ministro também encaminhou as informações para a Polícia Federal (PF), que deve incluí-las em investigações já existentes ou abrir novas.
As cidades afetadas e as irregularidades apontadas são as seguintes:
A auditoria da CGU foi feita nos dez municípios que mais receberam emendas Pix entre 2020 e 2024. Desses, apenas em São Paulo não foram encontrados erros no plano de trabalho ou na destinação dos recursos.
Dino é o relator de uma ação, apresentada pela Associação Brasileira de Jornalismo Investigativo (Abraji), que discute a constitucionalidade das emendas Pix.
"Em 09 dos 10 municípios auditados, constatou-se a ineficiência e inefetividade na aquisição de bens e na execução dos serviços, incluindo indicativo de superfaturamento, de desvio de recursos, de favorecimento de empresas e ausência de comprovação da aquisição de bens, gerando não conformidades que impactaram significativamente na entrega dos objetos originalmente acordados", disse a CGU no relatório.
O documento acrescenta que "dos 10 entes federativos auditados, 09 não atenderam às exigências de transparência e rastreabilidade estabelecidas nos dispositivos legais aplicáveis".