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Diminui o número de famílias endividadas no país

A pesquisa revela que 50,6% das famílias brasileiras, ou cerca de 73,4 milhões de pessoas, declararam não ter dívidas em janeiro deste ano.

Número de famílias endividadas caiu para 71,6 milhões no país

Número de famílias endividadas caiu para 71,6 milhões no país

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Da Redação

Publicado em 1 de fevereiro de 2011 às 17h57.

Rio de Janeiro - O número de famílias endividadas no país diminuiu. Para o presidente do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), Marcio Pochmann, trata-se de um dos principais aspectos positivos da 6ª edição do Índice de Expectativas das Famílias (IEF), divulgada hoje (1), no Rio de Janeiro.

A pesquisa revela que 50,6% das famílias brasileiras, ou cerca de 73,4 milhões de pessoas, declararam não ter dívidas em janeiro deste ano.

Em agosto de 2010, quando a série da pesquisa começou, 66 milhões de pessoas (45,5% do total) não estavam endividadas. As que tinham dívidas àquela época somavam 79 milhões de pessoas. Agora, esse número caiu para 71,6 milhões. 

A pesquisa considerou brasileiros maiores de 16 anos. A análise por faixa etária evidenciou que as famílias com maior a idade têm dívidas menores. Entre 50 e 59 anos e de 60 anos ou mais, o percentual dos que não têm dívidas é de, respectivamente, 52,4% e 67,6%.

“Há um processo de aprendizagem que indica que à  medida em que o brasileiro vai tendo acesso a mais crédito, a mais bancos, ele vai aprendendo e sabendo usar de forma adequada esse mecanismo importante que é o crédito”, disse Pochmann.

Sobre a capacidade de pagamento de contas atrasadas, o IEF apontou que 32,2% das famílias não têm condições de quitar os débitos. Entre as regiões, a situação é pior no Norte, onde 48,4% acreditam que não terão condições de pagar as contas em atraso. Apesar disso, a situação melhorou no país como um todo entre os que não terão capacidade de pagar as contas atrasadas. Em agosto de 2010, o índice era de 37,8% e, em dezembro passado, de 36,3%.

Do total de famílias pesquisadas, 79,6% acreditam que não estão ameaçados de perder o posto de trabalho. Esse é o maior índice de segurança na ocupação em seis meses. O otimismo é maior na região Sul (89,2%) e menor no Nordeste (72,3%). 

Somente 39,1% dos brasileiros disseram que vão melhorar dentro de sua ocupação. A melhor avaliação foi observada no Sul, onde 53,3% acreditam que vão ascender profissionalmente, enquanto no Norte é de 23,3%.

“O que se observa é que embora os brasileiros estejam mais seguros em relação à manutenção do seu emprego, eles não observam nesse tipo de emprego a possibilidade de ter uma trajetória ascendente”.

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