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Dilma visitou Lula com objetivo de atacar Lava Jato, diz DEM

"Conforme amplamente divulgado pela imprensa, Dilma Rousseff utilizou a estrutura da Presidência para cumprir desígnios pessoais e partidários"


	Lula e Dilma: a presidente visitou o ex-presidente para atacar e desacreditar a operação
 (Ricardo Stuckert/Instituto Lula)

Lula e Dilma: a presidente visitou o ex-presidente para atacar e desacreditar a operação (Ricardo Stuckert/Instituto Lula)

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Da Redação

Publicado em 7 de março de 2016 às 16h20.

Brasília - Em representação apresentada nesta segunda-feira, 7, à Procuradoria Geral da República (PGR), os líderes do DEM na Câmara, Pauderney Avelino (AM), e do Senado, Ronaldo Caiado (GO), afirmam que a presidente Dilma Rousseff visitou o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva em São Bernardo do Campo (SP), no sábado, 5, com o objetivo de "atacar e desacreditar" a Operação Lava Jato, tocada pelo Poder Judiciário, pelo Ministério Público e pela Polícia Federal.

No pedido, as duas lideranças pedem ao procurador-geral da República que abra uma apuração contra Dilma e o ministro-chefe da Casa Civil, Jaques Wagner, por improbidade administrativa por terem usado a estrutura da Presidência para realizarem um "verdadeiro ato político de desagravo" a Lula, um dia após a decisão do juiz Sérgio Moro, responsável pela Lava Jato, ter decidido conduzir coercitivamente o ex-presidente.

"Conforme amplamente divulgado pela imprensa, Dilma Rousseff utilizou a estrutura da Presidência para cumprir desígnios pessoais e partidários. Numa patente violação ao princípio republicano, valeu-se a Representada Dilma Roussef, por exemplo, de aviões, helicópteros e carros oficiais para chegar ao apartamento do ex-presidente. Ademais, levou em sua comitiva outros integrantes do governo, como o Ministro Chefe da Casa Civil, Jaques Wagner", afirma os líderes do DEM na representação.

Para Pauderney e Caiado, há uma evidente contradição entre o discurso e o agir do governo, que faz "cortesia com o chapéu do contribuinte". Ele citou que, de um lado, o Executivo quer ampliar a "já sufocante" carga tributária e reduzir significativamente o gasto público ao mesmo tempo em que, com a viagem, existe uma "absoluta falta de parcimônia e de responsabilidade no dispêndio dos recursos públicos".

Em entrevista após ter entregue a representação, Caiado disse que, diante da crise política que impede Dilma de administrar, quem toca o governo é o ex-presidente.

"É triste assistir o Brasil nessa situação e a presidente sem qualquer capacidade de aglutinar", afirmou.

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