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Dilma visita Argentina para 1º encontro com Cristina

Este será o primeiro encontro oficial entre as duas únicas mulheres que atualmente são presidentes na América do Sul

A presidente Dilma Rousseff passará poucas horas na capital argentina (Ricardo Stuckert Filho/PR)

A presidente Dilma Rousseff passará poucas horas na capital argentina (Ricardo Stuckert Filho/PR)

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Da Redação

Publicado em 31 de janeiro de 2011 às 08h45.

Brasília - A presidente Dilma Rousseff vai desembarcar em Buenos Aires às 11 horas desta manhã (horário local, meio-dia de Brasília) para uma intensa agenda com a anfitriã, a presidente Cristina Kirchner. Dilma estará poucas horas na capital argentina, já que partirá à tarde, após o almoço de honra que o governo Kirchner preparou para a presidente brasileira no elegante Palácio San Martín, sede da chancelaria argentina. Este será o primeiro encontro oficial entre as duas únicas mulheres que atualmente são presidentes na América do Sul.

Dilma será acompanhada por vários ministros, entre os quais o chanceler Antônio Patriota, o ministro da Defesa, Nelson Jobim, o ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Fernando Pimentel, e o ministro da Ciência e Tecnologia, Aloizio Mercadante. A presidente Dilma deve chegar à Casa Rosada, o palácio presidencial, às 11h30 (12h30 de Brasília).

Logo depois deve começar a reunião privada das presidentes no escritório de Cristina Kirchner no primeiro andar da ala norte da Casa Rosada. Ambos governos também avaliarão a evolução do comércio bilateral, ponto delicado para a administração Kirchner já que a balança comercial foi amplamente desfavorável para a Argentina em 2010, apesar das vantagens cambiárias do peso, a moeda argentina, em relação ao real.

O encontro deve ser acelerado, já que 20 minutos mais tarde a presidente Dilma passa a um salão vizinho, onde será apresentada às líderes das organizações de defesa dos Direitos Humanos das Mães e das Avós da Praça de Maio. Esta reunião também deve ser breve, já que às 12h20 (13h20 de Brasília), as presidentes passam ao Salão das Mulheres, onde se reúnem com os ministros dos dois governos. Vinte e cinco minutos depois deve começar a assinatura dos atos.

As duas presidentes assinarão entendimentos, memorandos e acordos sobre mais de uma dúzia de assuntos, entre os quais a intensificação da cooperação na área nuclear (os dois países desenvolvem, de forma conjunta, um reator multipropósito), a construção da hidrelétrica de Garabi, sobre o rio Uruguai, além da criação de um foro empresarial binacional. Às 12h55 (13h55 de Brasília), Dilma e Cristina devem realizar a denominada "declaração à imprensa". Isto é, uma declaração acordada da anfitriã e da convidada. No entanto, as duas presidentes, seguindo a tradição do governo Kirchner de evitar a imprensa, não aceitarão perguntas dos jornalistas.

Às 14 horas (15 horas de Brasília), a presidente Cristina receberá Dilma no elegante Palácio San Martín, sede da diplomacia argentina, para um almoço de honra. A partida de Dilma está prevista para as 16h30 (17h30 de Brasília), momento no qual deve embarcar no avião presidencial rumo à Brasília.

Ontem, véspera da chegada de Dilma, os jornais Clarín, La Nación e Página 12 publicaram uma entrevista que a presidente brasileira concedeu na semana passada em Brasília aos meios de comunicação argentinos. Nela, Dilma destaca que o Brasil e a Argentina devem ter uma "relação estratégica que deve manifestar-se em todas as áreas de interesse de ambos países". Além disso, destacou que pretender ter "uma relação muito próxima" com a presidente Cristina.

Ano eleitoral

Dilma está em seu primeiro ano de mandato presidencial. Cristina no entanto, começou a reta final de seu governo, já que no dia 10 de dezembro tomará posse o presidente que surgirá das eleições de outubro. Porém Cristina teria intenção de permanecer outro mandato sentada em "el sillón de Rivadavia", denominação da cadeira presidencial. Nas últimas semanas, ministros, governadores e parlamentares indicaram que a presidente Cristina Kirchner será candidata à reeleição. No entanto, por enquanto Cristina não se pronunciou sobre o assunto e mantém silêncio sobre sua eventual candidatura.

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