Brasil

Dilma vai aos EUA para reunião com Obama

Presidente quer aumentar a confiança de investidores e agentes financeiros


	A presidente Dilma Rousseff: viagem oficial foi adiada há quase dois anos
 (Bloomberg)

A presidente Dilma Rousseff: viagem oficial foi adiada há quase dois anos (Bloomberg)

DR

Da Redação

Publicado em 27 de junho de 2015 às 11h49.

Brasília - A presidente Dilma Rousseff viajou neste sábado para os Estados Unidos, onde será recebida pelo presidente Barack Obama e buscará aumentar confiança de investidores e agentes financeiros na economia brasileira.

A viagem oficial de Dilma aos Estados Unidos foi adiada há quase dois anos, quando surgiram as denúncias de que a Agência de Segurança Nacional (NSA) espionavam suas comunicações pessoais.

Dilma reagiu com veemência, cancelou uma visita de Estado à Washington agendada para outubro de 2013 e esfriou a relação com os Estados Unidos. A página foi virada em abril, quando se encontrou com Obama durante a Cúpula das Américas, realizada no Panamá.

Há dois anos, a economia brasileira e o enorme mercado interno do país ainda eram a meca de muitos investidores internacionais, que viam no país um enorme potencial de negócios.

A situação hoje é completamente diferente e, após anos de baixo crescimento, a economia brasileira está à beira de uma recessão e todas as projeções indicam que se contrairá este ano 1,1%.

Nesse cenário, fontes oficiais brasileiras não ocultam que um dos objetivos da visita aos EUA é explicar as medidas adotadas pelo governo para tentar acertar o rumo econômico e recuperar a confiança dos investidores.

Por isso mesmo, não é casual que Dilma tenha decidido começar sua visita em Nova York, onde terá domingo e segunda-feira reuniões com empresários e agentes financeiros. Ela ainda será recebida por Henry Kissinger, um veterano político com grande influência nos círculos de negócios.

O subsecretário de Política do Itamaraty, Carlos Paranhos, explicou que Dilma apresentará o severo ajuste fiscal adotado pelo governo e também um vasto plano de infraestruturas, com o qual busca investimentos calculados em US$ 64 bilhões para os próximos quatro anos.

Fontes oficiais disseram à Efe que a mensagem de Dilma aos homens de negócios incluirá o "compromisso" que os escândalos de corrupção na Petrobras, que atingem muitas das maiores empresas privadas do país, não significarão riscos para a segurança jurídica dos investidores.

Após sua escala em Nova York, Dilma terá na noite da segunda-feira o primeiro encontro com Obama, que a receberá com um jantar de gala na Casa Branca. Eles terão uma reunião de trabalho na terça-feira.

No encontro com Obama serão tratados assuntos de cooperação nas áreas de energia, defesa, comércio, economia, educação, ciência e tecnologia, infraestruturas e meio ambiente, que será objeto de uma declaração conjunta para a Cúpula de Mudança Climática, que acontecerá em Paris em dezembro.

Também repassarão a agenda global e regional, com especial interesse na reforma das Nações Unidas e assuntos latino-americanos, entre eles a tensa situação política na Venezuela.

Em Washington, após sua reunião com Obama, Dilma terá outro encontro com empresários e depois viajará para San Francisco, onde na quarta-feira visitará o "Vale de Silício", onde se estão as principais companhias de tecnologia do mundo.

Ali conhecerá as instalações do Google e se reunirá com empresários do setor tecnológico, para quem também apresentará as oportunidades de investimento que o Brasil oferece.

Em San Francisco visitará ainda a Universidade de Stanford, onde será recebida pela ex-secretária de Estado, Condoleezza Rice, catedrática dessa instituição, e conhecerá um centro de pesquisa da Nasa. EFE

Acompanhe tudo sobre:Barack ObamaDilma Rousseffgestao-de-negociosPersonalidadesPolítica no BrasilPolíticosPolíticos brasileirosPT – Partido dos TrabalhadoresReuniões

Mais de Brasil

Senado aprova autonomia na gestão financeira da PPSA, a estatal do pré-sal

Assassinato de delator do PCC é 'competência do estado', afirma Lewandowski

Alesp aprova proibição de celulares em escolas públicas e privadas de SP

Geração está aprendendo menos por causa do celular, diz autora do PL que proíbe aparelhos em escolas