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Dilma teria recebido contrato de Pasadena 15 dias antes

A compra da refinaria, conforme revelou o jornal O Estado de S. Paulo, teve o voto favorável de Dilma


	Refinaria da Petrobras em Pasadena: ao todo, a Petrobras pagou US$ 1,2 bilhão, em duas etapas, para comprar refinaria que, em 2005, custou US$ 42,5 milhões à Astra Oil 
 (Agência Petrobras / Divulgação)

Refinaria da Petrobras em Pasadena: ao todo, a Petrobras pagou US$ 1,2 bilhão, em duas etapas, para comprar refinaria que, em 2005, custou US$ 42,5 milhões à Astra Oil  (Agência Petrobras / Divulgação)

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Da Redação

Publicado em 2 de abril de 2014 às 15h28.

Rio - Os membros do Conselho de Administração da Petrobras receberam, com 15 dias de antecedência, a cópia da proposta de contrato para a compra de metade da refinaria de Pasadena, no Texas (EUA), da trading belga Astra Oil, segundo afirmou nesta quarta-feira, 2, o advogado do ex-diretor da Área Internacional da Petrobras, Nestor Cerveró, Edson Ribeiro.

A operação de compra foi aprovada pelo conselho em fevereiro de 2006, quando o órgão era presidido por Dilma Rousseff.

A compra da refinaria, conforme revelou o jornal O Estado de S. Paulo, teve o voto favorável de Dilma. Ao todo, a Petrobras pagou US$ 1,2 bilhão, em duas etapas, para comprar uma refinaria que, em 2005, custou US$ 42,5 milhões à Astra Oil - quase 28 vezes menos.

Em nota ao jornal O Estado de S. Paulo, há duas semanas, a presidente Dilma disse que a decisão foi tomada com base num "resumo executivo" com "informações incompletas" e técnica e juridicamente falho.

No texto, o resumo era creditado ao "diretor internacional", na época, Cerveró.

O diretor deixou a Petrobras em abril de 2012, sendo nomeado para a diretoria da BR Distribuidora. Após a repercussão negativa do caso, Cerveró foi exonerado da diretoria financeira da BR Distribuidora no dia 21.

O advogado do ex-diretor disse à reportagem que está confirmado para o próximo dia 16 o depoimento de Cerveró na Comissão de Fiscalização Financeira e Controle da Câmara dos Deputados, em Brasília.

"Ele (Cerveró) não se conforma e está indignado de ser colocado como bode expiatório", afirmou Ribeiro.

Na terça-feira, 1, o advogado de Cerveró esteve em Brasília e, no Congresso, entregou uma carta na qual o cliente se coloca à disposição para prestar esclarecimentos. À Polícia Federal (PF) e ao Ministério Público Federal (MPF) entregou uma petição de mesmo teor, colocando-se à disposição para prestar esclarecimentos aos inquéritos em aberto.

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