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Dilma tenta atrair voto feminino e Serra desqualifica pesquisas

Campanha nos meios de comunicação terminará na sexta-feira, quando a "TV Globo" realizará o último debate entre os dois candidatos

Os candidatos à Presidência da República Dilma Rousseff e José Serra (EXAME.com)

Os candidatos à Presidência da República Dilma Rousseff e José Serra (EXAME.com)

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Da Redação

Publicado em 3 de agosto de 2012 às 20h11.

Rio de Janeiro - A candidata Dilma Rousseff tentou hoje atrair o voto feminino e seu favoritismo para as eleições de domingo foi ratificado por novas pesquisas que foram desqualificadas por José Serra.

"Ainda não tem nada ganho, por isso é preciso manter mobilizada a militância", disse a candidata do PT em um ato que congregou em Brasília nove ministros e centenas de partidários, em sua maioria mulheres.

Perante a presença feminina, Dilma dirigiu sua mensagem a essa porção do eleitorado e pediu "ajuda" para se transformar na primeira mulher eleita para governar o Brasil.

Lembrou que nas últimas décadas as mulheres "saíram de suas casas para trabalhar, estudar e buscar o sustento de seus filhos", e deixaram seu o papel de donas de casa para serem também "empregadas domésticas, enfermeiras e assistentes sociais".

Segundo a candidata, "a partir de domingo todas as mulheres do Brasil poderão dizer que também querem ser presidentes", pois sua possível vitória "abrirá um novo caminho" para a participação feminina na política.

"Se somos as mães de 48% da população brasileira, também podemos governar este país", sentenciou a candidata, que voltou a se apoiar na gestão do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, seu mentor político, para seduzir o eleitorado.

Durante o ato foi apresentado um documento que contém as "13 propostas de Dilma para o desenvolvimento social do país", que resume as políticas sociais aplicadas pelo Governo Lula, que a candidata reiterou que dará "continuidade" e "mais alcance".

Dilma ratificou seu compromisso de "dar continuidade ao melhor Governo que o Brasil teve em sua história" e, como em toda a campanha, voltou a se apoiar nas melhorias sociais registradas nos últimos oito anos, durante a gestão de Lula.

O ato foi realizado em um clima de vitória, sustentado por duas novas enquetes divulgadas nas últimas 24 horas.

Na terça-feira à noite o Datafolha disse que Dilma ganhará no domingo com 49% dos votos, frente a 38% de Serra, do PSDB.

Pouco antes do início do ato foi publicada outra pesquisa, do instituto Sensus, segundo a qual a candidata obterá 51,9%, contra 36,7% do rival.

O candidato do PSDB, que hoje percorreu a pé uma área da cidade de Recife, no nordeste do país, região propícia a Dilma, desqualificou os resultados das enquetes e disse que além de não serem confiáveis, algumas são "compradas".

"As pesquisas estão muito equivocadas. Sabemos que algumas, como as do Vox Populi e Sensus, estão compradas e trabalham para o Governo", declarou Serra, a quem nenhuma enquete atribui possibilidades reais de vitória.

Em sua opinião, "há um abuso com as enquetes no Brasil, que no futuro terá que ser revisado, porque acaba tendo influência nos eleitores".

O favoritismo de Dilma aparece registrado inclusive em uma pesquisa divulgada hoje pelo PSDB em seu site, que em relação a outras reflete uma vantagem menor da candidata do PT.

A pesquisa, que foi feita pelo instituto GPP, estabelece a diferença entre ambos em seis pontos percentuais e diz que "a candidata do Governo chegou a 53% dos votos válidos", enquanto "Serra subiu para 47%".

Além de desqualificar as pesquisas, o candidato do PSDB voltou a criticar o papel que o presidente Lula teve na campanha, utilizando sua alta popularidade e participando quase diariamente de comícios em favor de Dilma.

"Tem direito a ter um candidato, mas passou de todos os limites", porque "parou o Governo e começou a trabalhar para eleger Dilma, fazendo da eleição uma questão pessoal", declarou Serra com visível indignação.

A campanha nos meios de comunicação terminará na sexta-feira, quando a "TV Globo" realizará o último debate entre os dois candidatos.

No sábado, véspera das eleições, o proselitismo poderá continuar nas ruas de todo o país.

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