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Dilma tem que parar de se vitimizar, diz Geddel

"O discurso de se vitimizar e bancar a pobrezinha para angariar pena da população só faz denegrir a imagem do Brasil", afirmou Geddel


	Geddel Vieira Lima: segundo ele, o povo brasileiro precisa entender que houve crime de responsabilidade
 (Roosewelt Pinheiro/ABr)

Geddel Vieira Lima: segundo ele, o povo brasileiro precisa entender que houve crime de responsabilidade (Roosewelt Pinheiro/ABr)

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Da Redação

Publicado em 20 de abril de 2016 às 14h17.

São Paulo - Ao chegar para a reunião do vice-presidente da República, Michel Temer, com a cúpula do PMDB, nesta quarta-feira, 20, na capital paulista, o primeiro-secretário nacional do PMDB, Geddel Vieira Lima (BA), fez duras críticas à presidente Dilma Rousseff.

O político, ex-ministro da Integração Nacional no governo Lula e ex-vice-presidente de Pessoa Jurídica da Caixa no governo Dilma, disse que a presidente tem de parar de se vitimizar e denegrir a imagem do País.

"O discurso de se vitimizar e bancar a pobrezinha para angariar pena da população só faz denegrir a imagem do Brasil", afirmou.

"Ela tem que respeitar a Constituição e parar com essa conversa fiada de que houve golpe. Ela não teve maioria no Congresso (para barrar o impeachment) e quem não tem maioria perde as condições de governabilidade", disse.

Segundo ele, o povo brasileiro precisa entender que houve crime de responsabilidade e que a petista feriu a Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF) e a Constituição.

"Além disso, a Câmara já se manifestou favorável ao seu afastamento". O pedido tramita agora no Senado.

Geddel chegou para o encontro acompanhado do ex-ministro Moreira Franco, presidente da Fundação Ulysses Guimarães, ligada ao PMDB.

O senador Romero Jucá (PMDB-RR), um dos principais articuladores políticos de Temer no Congresso Nacional, também participa da reunião. Juacá disse que estava ali para conversar, já que "as conversas são a matéria-prima da política".

Nas críticas ao PT, o ex-ministro Geddel não poupou outras lideranças petistas, como o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que em conversas com correligionários tem afirmado que, se Dilma for afastada e Temer assumir a Presidência, não sairá das ruas em protesto ao peemedebista.

"Essa postura não condiz com um ex-presidente da República, que deveria estar pregando a paz e o respeito à Constituição e não embarcar neste discurso bobo de golpe. E logo o PT e Lula que pediram impeachment de tantos presidentes. Seriam eles também golpistas?", ironizou.

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