Brasil

Dilma se encontra pela 1ª vez em campanha com adversários

O três principais candidatos à presidência participarão de um evento na Confederação Nacional da Indústria


	Dilma Rousseff na Convenção Estadual do PT: presidente se encontra pela primeira vez com adversários em evento na CNI
 (Heinrich Aikawa/Instituto Lula)

Dilma Rousseff na Convenção Estadual do PT: presidente se encontra pela primeira vez com adversários em evento na CNI (Heinrich Aikawa/Instituto Lula)

DR

Da Redação

Publicado em 29 de julho de 2014 às 16h33.

Brasília - A presidente e candidata à reeleição, Dilma Rousseff, se encontrará nesta quarta-feira pela primeira vez na campanha eleitoral com seus dois maiores adversários, Aécio Neves e Eduardo Campos, em um evento de apresentação das propostas econômicas.

Os três grandes protagonistas do processo eleitoral participarão de um evento na Confederação Nacional da Indústria (CNI) e apresentarão, separadamente, as propostas para o setor e escutarão os planos que têm os candidatos para impulsionar a atividade industrial.

Desde que começou a campanha, em 5 de julho, na reta final da Copa do Mundo, os três candidatos mantiveram uma atividade política limitada, principalmente por causa do torneio.

A reunião na CNI será, de algum modo, o início para valer da campanha para as eleições de 5 de outubro, que têm Dilma como favorita, mas não descartam a possibilidade de segundo turno com Aécio, o que colocaria Campos como o fiel da balança.

As últimas pesquisas mostram Dilma com quase 40% das intenções de voto, contra 22% de Aécio e 10% para Campos.

Esses resultados levariam a definição para o segundo turno, no qual, de acordo com as pesquisas, Dilma teria pouco mais de 40% e Aécio chegaria aos 35%.

A diferença entre eles diminuiu nos últimos meses, e as empresas de pesquisa atribuíram essa tendência à queda do crescimento da economia, sentida pela população principalmente pela inflação, estimada pelo Banco Central para este ano muito próxima do teto da meta.

O aumento dos preços diminuiu o consumo interno, que foi nos últimos anos o motor da atividade econômica, o que diminuiu o ritmo do investimento privado.

Segundo a CNI, há também fatores estruturais que embarreiram o crescimento, diminuem os investimentos e favorecem a inflação, como o confuso e burocrático sistema tributário.

Nos documentos que entregarão amanhã aos candidatos à presidência, os industriais apresentarão a "urgência" de encarar uma profunda reforma tributária, que permita reduzir os impostos e simplificar a tributação.

Segundo a CNI, a atual carga tributária no Brasil é equivalente a cerca de 38% do Produto Interno Bruto (PIB), mas o Estado não o devolve para a sociedade com serviços públicos adequados e ainda existem sérias carências em infraestruturas, o que encarece os produtos.

Nesse sentido, a CNI proporá amanhã uma "modernização" da atual estrutura tributária, que acabe com uma "acumulação" de impostos cobrados em nível regional e nacional, e os unifique, a fim de baratear os custos tributários e simplificar a arrecadação.

Segundo cálculos da CNI, a atual forma de arrecadação encarece em média 10,6% todo projeto de investimento, por isso a reforma tributária estimularia o desenvolvimento de novas iniciativas na empresa privada.

De acordo com os industriais, o sistema tributário é um bloqueio para o crescimento econômico, que segundo cálculos da CNI será neste ano de apenas 1%.

Essa projeção está alinhada com as do sistema financeiro, que calculam que a economia brasileira crescerá em 2014 0,9%, mas é bem mais baixa do que a do governo, que no último relatório estimou o crescimento do PIB em 1,8%.

Acompanhe tudo sobre:aecio-nevesCNI – Confederação Nacional da IndústriaDilma RousseffEduardo CamposEleiçõesEleições 2014GovernadoresPersonalidadesPolítica no BrasilPolíticosPolíticos brasileirosPT – Partido dos Trabalhadores

Mais de Brasil

Acidente com ônibus escolar deixa 17 mortos em Alagoas

Dino determina que Prefeitura de SP cobre serviço funerário com valores de antes da privatização

Incêndio atinge trem da Linha 9-Esmeralda neste domingo; veja vídeo

Ações isoladas ganham gravidade em contexto de plano de golpe, afirma professor da USP