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Dilma Rousseff corta 8 ministérios e salários de ministros

Nesta sexta-feira, a presidente anunciou o corte de 8 ministérios e a redução em 10% dos salários dos ministros.


	Dilma anuncia reforma ministerial em 2 de outubro.
 (Antonio Cruz/ Agência Brasil)

Dilma anuncia reforma ministerial em 2 de outubro. (Antonio Cruz/ Agência Brasil)

Talita Abrantes

Talita Abrantes

Publicado em 2 de outubro de 2015 às 14h59.

São Paulo – A presidente Dilma Rousseff (PT) anunciou hoje o corte de 8 dos 39 ministérios. Inicialmente, a meta do Palácio do Planalto era reduzir 10 pastas. Com a reforma, o PMDB passa a dominar 7 pastas e o PT, nove. 

A presidente não divulgou quanto o governo espera economizar com a medida. Há algumas semanas, a expectativa era de que a reforma administrativa rendesse 200 milhões de reais de economia. 

A presidente anunciou também que deve reduzir em 10% os salários dos ministros. Dessa forma, o salário de Dilma, do vice Michel Temer e dos chefes das pastas cairá de R$ 30.934,70 para os atuais R$ 27.841,23. 

No total, o governo  prometeu cortar 3 mil cargos comissionados e cerca de 30 secretarias da Esplanada dos Ministérios - a reforma também atingirá pastas que não entraram nos cortes ou fusões.

Também haverá redução de 20% dos gastos de custeio e imposição de limite gastos com telefone, passagens e diárias.

A presidente anunciou ainda a criação de uma Comissão Permanente da Reforma do Estado. 

Dança das cadeiras 

Três novos ministros entraram na equipe de Dilma (veja quem são eles) e sete foram demitidos - entre eles, o ex- ministro do Trabalho Manoel Dias, Renato Janine Ribeiro (ex-Educação) e Arthur Chioro (ex-Saúde), que foi demitido pelo telefone. 

Jaques Wagner, que era ministro da Defesa, foi transferido para a Casa Civil. Aloizio Mercandante, para o Ministério da Educação. Aldo Rebelo foi para o Ministério da Defesa.

Nilma Limo Gomes, por sua vez, assume a Secretaria das Mulheres, Igualdade Racial e Direitos Humanos. Helder Barbalho (PMDB) foi transferido para a Secretaria dos Portos. Miguel Rossetto assume o Ministério do Trabalho e Previdência enquanto Ricardo Berzoini migra para a Secretaria de Governo.  Entenda as mudanças

Veja o que acontece com cada ministério: 

Ministério O que acontece com o Ministério
Advocacia-Geral da União Será mantido
Agricultura, Pecuária e Abastecimento Será mantido
Banco Central Será mantido
Casa Civil Será mantido
Cidades Será mantido
Ciência, Tecnologia e Inovação Será mantido
Comunicações Será mantido
Controladoria-Geral da União Será mantido
Cultura Será mantido
Defesa Será mantido
Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior Será mantido
Desenvolvimento Agrário Será mantido
Desenvolvimento Social e Combate à Fome Será mantido
Educação Será mantido
Esporte Será mantido
Fazenda Será mantido
Gabinete de Segurança Institucional Perde o status de ministério
Integração Nacional Será mantido
Justiça Será mantido
Meio Ambiente Será mantido
Minas e Energia Será mantido
Pesca e Aquicultura Extinto. A parte de pesca industrial se fundirá com Agricultura e a pesca artesanal para o Desenvolvimento Agrário
Planejamento, Orçamento e Gestão Será mantido
Previdência Social Será fundido com o Ministério do Trabalho, que vira "Ministério do Trabalho e da Previdência Social"
Relações Exteriores Será mantido
Saúde Será mantido
Secretaria da Micro e Pequena Empresa Extinta. Fará parte da Secretaria-Geral da Presidência
Secretaria de Assuntos Estratégicos Extinto. Fará parte do Ministério do Planejamento
Secretaria de Aviação Civil Será mantido
Secretaria de Comunicação Social Será mantido
Secretaria de Direitos Humanos Fará parte do "Ministério das Mulheres, da Igualdade Racial e dos Direitos Humanos", que agrega a Secretaria para as Mulheres, Direitos Humanos e Igualdade Racial
Secretaria de Políticas de Promoção da Igualdade Racial Fará parte do "Ministério das Mulheres, da Igualdade Racial e dos Direitos Humanos", que agrega a Secretaria para as Mulheres, Direitos Humanos e Igualdade Racial
Secretaria de Políticas para as Mulheres Fará parte do "Ministério das Mulheres, da Igualdade Racial e dos Direitos Humanos", que agrega a Secretaria para as Mulheres, Direitos Humanos e Igualdade Racial
Secretaria dos Portos Será mantido
Secretaria de Relações Institucionais Extinta. Fará parte da Secretaria-Geral da Presidência
Secretaria-Geral da Presidência Será fundida com a Secretaria de Relações Institucionais
Trabalho e Emprego Será Fundido com a Previdência Social. Transformado em "Ministério do Trabalho e da Previdência Social"
Transportes Será mantido
Turismo Será mantido

* Atualizado às 11h44 para incluir ministérios

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