Brasil

Dilma retoma nesta 5.ª discussões da reforma ministerial

Empenhada em atrair apoios para a campanha da reeleição, em 2014, Dilma tenta atrair o PR e até o PTB do ex-deputado Roberto Jefferson (RJ)


	Dilma: presidente quer contemplar as legendas do PR e do PTB para evitar que se aliem ao governador de Pernambuco e presidente nacional do PSB, Eduardo Campos, possível adversário dela em 2014.
 (Ueslei Marcelino/Reuters)

Dilma: presidente quer contemplar as legendas do PR e do PTB para evitar que se aliem ao governador de Pernambuco e presidente nacional do PSB, Eduardo Campos, possível adversário dela em 2014. (Ueslei Marcelino/Reuters)

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Da Redação

Publicado em 20 de março de 2013 às 23h12.

Brasília - A presidente Dilma Rousseff retoma nesta quinta-feira (21) as negociações para promover a segunda etapa da reforma ministerial. Empenhada em atrair apoios para a campanha da reeleição, em 2014, assegurando maior tempo de televisão na publicidade eleitoral gratuita, Dilma tenta atrair o PR e até o PTB do ex-deputado Roberto Jefferson (RJ).

Os dois partidos integram a base aliada do governo, mas, na prática, se comportam de acordo com as conveniências políticas do momento. Dilma quer contemplar as legendas para evitar que se aliem ao governador de Pernambuco e presidente nacional do PSB, Eduardo Campos, possível adversário dela na disputa presidencial de 2014.

Dividida, a cúpula do PR se reúne nesta quinta-feira com Dilma e apresentará vários nomes para o primeiro escalão. Na lista, estão os deputados Jaime Martins (MG), Luciano Castro (RR) e Ronaldo Fonseca (DF) e o senador Antônio Carlos Rodrigues (SP). O PR comanda o Ministério dos Transportes, mas não se sente representado e diz que o ministro Paulo Sérgio Passos é da "cota pessoal" da presidente.

"Se a presidente Dilma quiser que o PR entre no governo, ela que diga o espaço para que nós possamos dizer se aceitamos ou não", afirmou o líder da sigla na Câmara, Anthony Garotinho (RJ). A presidente pretende manter Passos e oferecer à agremiação uma estatal, como a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), hoje ocupada por um indicado do PTB.

Defenestrado da Esplanada em 2011, no rastro da "faxina" que derrubou o ex-ministro dos Transportes Alfredo Nascimento, o PR, porém, não está disposto a aceitar a proposta. "Somos políticos. O PMDB tem ministério, o PT tem ministério", disse Anthony Garotinho, negando resistências do governo à indicação de Castro. "Não há veto a nenhum nome", insistiu.

Presidente nacional do partido - que tem a oferecer um dote de 1'10" no horário eleitoral -, Nascimento estará com Dilma duas vezes, nesta quinta-feira. Pela manhã, ele será acompanhado do líder do governo no Senado, Eduardo Braga (PMDB-AM), que foi governador do Amazonas e deve disputar novamente o cargo, em 2014. À tarde, Nascimento levará o líder do PR na Câmara e o senador Rodrigues ao Palácio do Planalto, na tentativa de definir o espaço do partido no primeiro escalão.

O PTB apoiou a candidatura do ex-governador de São Paulo José Serra (PSDB) a presidente, em 2010, mas pode se manter aliado à presidente em 2014, dependendo da posição na reforma da equipe. "Após as denúncias do mensalão (feitas por Jefferson), em 2005, o PTB ficou afastado do governo e o governo, afastado do PTB. Além disso, houve divisão na bancada. O ideal, agora, é que bancada e partido sigam juntos em 2014, com qualquer dos candidatos", afirmou o presidente nacional do PTB, Benito Gama, que deve se encontrar com Dilma até esta sexta-feira (22).

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