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Dilma reitera defesa de consulta popular para reforma

Em cerimônia de sanção do Estatuto da Juventude, a presidente disse considerar que "consultar o povo nunca é demais"

Presidenta Dilma Rousseff durante a cerimônia de sanção da lei que institui o Estatuto da Juventude (Roberto Stuckert Filho/PR)

Presidenta Dilma Rousseff durante a cerimônia de sanção da lei que institui o Estatuto da Juventude (Roberto Stuckert Filho/PR)

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Da Redação

Publicado em 5 de agosto de 2013 às 18h46.

Brasília - A presidente Dilma Rousseff voltou a defender nesta segunda-feira que a população seja consultada sobre a reforma política, como havia proposto em resposta às manifestações que tomaram as ruas do país em junho, afirmando que as instituições devem ser mais abertas às ruas.

Em cerimônia de sanção do Estatuto da Juventude, a presidente disse considerar que "consultar o povo nunca é demais", em referência à sugestão feita pelo Planalto ao Congresso para que realizasse um plebiscito que definiria as diretrizes para uma reformulação do sistema político.

"Quando eu propus a reforma política, propus antecedida por um plebiscito", afirmou a presidente.

"Consultar o povo é democrático e é necessário para que as nossa instituições tornem-se cada vez mais permeáveis às demandas da sociedade." A presidente sugeriu a discussão sobre a reforma após as manifestações em junho que chegaram a levar mais de 1 milhão de pessoas às ruas em um dia em diversas cidades do país.

Embora tenha sido defendida mais de uma vez pela presidente, a proposta da realização do plebiscito foi praticamente descartada por líderes aliados do governo.

Até mesmo o vice-presidente, Michel Temer, chegou a afirmar no início de julho que não haveria tempo hábil para a realização do plebiscito, além da discussão e votação de uma reforma política com validade para as eleições de 2014.

No mesmo dia da declaração, porém, o vice-presidente divulgou nota reafirmando que o governo mantinha sua posição favorável à realização do plebiscito e de uma reforma que valesse para as eleições do ano que vem.

Questionada nesta segunda sobre problemas de articulação com a base aliada, que já impôs algumas derrotas ao governo principalmente em votações na Câmara dos Deputados, a presidente saiu pela tangente e disse que, apesar da possibilidade de haver diferenças com os aliados, no fim será decidido o que for melhor para o Brasil.

Em rápida entrevista após a cerimônia, Dilma afirmou que a divergência é "democrática" e que a "diferença de opiniões é possível".

A presidente deve reunir-se, no fim da tarde desta segunda-feira, com líderes da base aliada na Câmara dos Deputados.

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