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Dilma reconhece que 2015 foi um "ano muito duro"

Em artigo, presidente diz que irá persistir nos ajustes orçamentários em 2016

Presidente Dilma Rousseff participa de cerimônia no Palácio do Planalto, em Brasília (REUTERS/Ueslei Marcelino)

Presidente Dilma Rousseff participa de cerimônia no Palácio do Planalto, em Brasília (REUTERS/Ueslei Marcelino)

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Da Redação

Publicado em 1 de janeiro de 2016 às 11h51.

RIO DE JANEIRO - A presidente Dilma Rousseff reconheceu nesta sexta-feira que 2015 "foi um ano muito duro", quando foi necessária uma revisão da estratégia econômica do país, e afirmou que conta com o apoio do Congresso para persistir pelos ajustes orçamentários em 2016.

"Em 2016, com o apoio do Congresso, persistiremos pelos necessários ajustes orçamentários, vitais para o equilíbrio fiscal", afirmou a presidente da República em artigo publicado nesta sexta-feira no jornal Folha de S.Paulo.

Dilma se comprometeu ainda com a elaboração de uma proposta de reforma previdenciária, a partir do diálogo com trabalhadores e empresários, o que chamou de uma "medida essencial para a sobrevivência estrutural desse sistema que protege dezenas de milhões de trabalhadores".

No texto publicado no primeiro dia do ano, Dilma reiterou a meta de superávit primário de 0,5 por cento do PIB em 2016, se comprometeu com a queda da inflação e declarou que enfrentá-la é uma prioridade.
    Dilma afirmou ainda que em 2015 a "necessária revisão da estratégia econômica do país coincidiu com fatores internacionais que reduziram nossa atividade produtiva".
"Este 2015 foi um ano muito duro. Revendo minhas responsabilidades nesse ambiente de dificuldades, vejo que nossos erros e acertos devem ser tratados com humildade e perspectiva histórica", afirmou.

Entretanto, a presidente frisou sua confiança no futuro e sua "crença no Brasil e na força do povo brasileiro". Segundo Dilma, o país tem uma economia sólida, que é a base para a retomada do crescimento.

A presidente, que enfrenta pedido de abertura de impeachment na Câmara do Deputados, voltou a afirmar que houve uma "instabilidade política que se aprofundou por uma conduta muitas vezes imatura de setores da oposição que não aceitaram o resultado das urnas e tentaram legitimar sua atitude pelas dificuldades enfrentadas pelo país".    
    "Mesmo injustamente questionada pela tentativa de impeachment, não alimento mágoas nem rancores. O governo fará de 2016 um ano de diálogo com todos os que desejam construir uma realidade melhor", afirmou.

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