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Dilma recebeu visita de Collor na reta final do impeachment

Abertura de Dilma faz parte de uma estratégia para tentar reverter votos a seu favor. Presidente afastada recebeu Collor por mais de duas horas ontem


	Dilma Rousseff: abertura à visita de Collor faz parte de uma estratégia para tentar reverter votos a seu favor
 (Ueslei Marcelino / Reuters)

Dilma Rousseff: abertura à visita de Collor faz parte de uma estratégia para tentar reverter votos a seu favor (Ueslei Marcelino / Reuters)

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Da Redação

Publicado em 27 de agosto de 2016 às 16h11.

Brasília - A presidente afastada Dilma Rousseff recebeu ontem à tarde, por mais de duas horas, uma visita do senador e ex-presidente Fernando Collor (PTC-AL), no Palácio da Alvorada. A conversa foi reservada e, segundo pessoas próxima a Dilma, o senador que a solicitou. Apesar disso, a abertura de Dilma faz parte de uma estratégia na reta final do impeachment para tentar reverter votos a seu favor.

Collor, que sofreu um processo de impeachment, não anunciou claramente o seu voto durante a sessão que decidiu pelo prosseguimento do processo de afastamento de Dilma Rousseff. Por outro lado, o senador não poupou críticas ao governo petista. Na ocasião, Collor comparou o processo de Dilma com o seu, em 1992, e defendeu que a chefe do executivo é a responsável por improbidades administrativas e deve responder por crime de responsabilidade.

A conversa com Collor, segundo um interlocutor de Dilma, aconteceu no mesmo momento em que o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que desembarcou ontem em Brasília para também tentar conquistar votos contra o impeachment, estava com o senador Edison Lobão (PMDB-MA). Lobão foi ministro de Minas e Energia nos governos de Lula e Dilma. Ele já votou contra a presidente afastada, mas agora diz estar indeciso.

O PT tenta ainda tenta atrair os senadores João Alberto (PMDB-MA) - que havia se posicionado a favor de Dilma, mas na última sessão foi contra - e Roberto Rocha (PSB-MA). A ordem da cúpula petista é atender às reivindicações de todos nas disputas municipais, mesmo que para isso seja necessário mudar parceiros nas alianças.

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