Brasil

Dilma recebe representantes do movimento LGBT

As reivindicações do grupo e a onda de manifestações serão os assuntos do encontro de hoje, no Palácio do Planalto

EXAME.com (EXAME.com)

EXAME.com (EXAME.com)

DR

Da Redação

Publicado em 28 de junho de 2013 às 08h23.

Brasília – A presidenta Dilma Rousseff se reúne hoje (28) de manhã, no Palácio do Planalto, com representantes de movimentos de jovens e também dos gays, bissexuais, travestis e transexuais e lésbicas. Em discussão, as reivindicações dos grupos e a onda de manifestações que atingiu o país nos últimos dias. A reunião ocorre no dia seguinte ao lançamento, pelo governo, do Sistema Nacional de Promoção de Direitos e Enfrentamento à Violência contra Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis e Transexuais (Sistema Nacional LGBT) e no momento em que se debate o projeto sobre a "cura gay".

Apenas em 2012, segundo dados sobre a violência homofóbica, foram analisadas situações envolvendo 4,8 mil vítimas e 4,7 mil acusados e registrado aumento de 166% no número de denúncias feitas e de 183% na quantidade de vítimas. O estudo é organizado pela Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República.

No ano passado, foram registradas 3.084 denúncias de violência contra homossexuais, bissexuais, travestis e transexuais e mais de 9,9 mil violações de direitos relacionados ao grupo LGBT.

Durante o lançamento do sistema, foi criado um comitê gestor de enfrentamento da chamada LGBTfobia, o preconceito e a violência contra a diversidade de orientação sexual e de identidade de gênero. O sistema será formado basicamente por centros de promoção e defesa - com apoio psicológico, jurídico, entre outros tipos de suporte - e por comitês de enfrentamento à discriminação e de combate à violência.

Na cerimônia de lançamento, que ocorreu ontem (27), autoridades defenderam o fim da tramitação do projeto sobre a “cura gay”, aprovado pela Comissão de Direitos Humanos da Câmara.

O projeto determina que psicólogos atuem para reverter a orientação sexual dos pacientes. A ministra da Secretaria de Direitos Humanos, Maria do Rosário, disse ser inaceitável que a homossexualidade seja tratada como doença.

Na reunião com os ativistas, Dilma também deve conversar sobre as manifestações ocorridas no país desde a semana passada. A presidenta defende o direito de protestar, mas condena a violência e os atos de vandalismo.

Desde segunda-feira, ela recebe representantes de movimentos sociais, de estudantes e entidades sindicais em busca de medidas que visam a atender às demandas dos manifestantes e ao fim dos protestos.

Acompanhe tudo sobre:Dilma RousseffDireitos civisGaysLGBTPersonalidadesPolítica no BrasilPolíticosPolíticos brasileirosPreconceitosPT – Partido dos Trabalhadores

Mais de Brasil

As 10 melhores rodovias do Brasil em 2024, segundo a CNT

Para especialistas, reforma tributária pode onerar empresas optantes pelo Simples Nacional

Advogado de Cid diz que Bolsonaro sabia de plano de matar Lula e Moraes, mas recua

STF forma maioria para manter prisão de Robinho