Brasil

Dilma rebate pessimismo e faz balanço positivo da Copa

Presidente afirmou que o país derrotou a previsão pessimista de que o evento seria um fracasso

Presidente Dilma Rousseff participa da divulgação de balanço da Copa do Mundo (Fabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil)

Presidente Dilma Rousseff participa da divulgação de balanço da Copa do Mundo (Fabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil)

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Da Redação

Publicado em 14 de julho de 2014 às 21h24.

Brasília - A presidente Dilma Rousseff afirmou nesta segunda-feira, durante cerimônia de avaliação da Copa do Mundo, que o país derrotou a previsão pessimista de que o evento seria um fracasso, e elogiou a organização e a realização da "Copa das Copas" no Brasil.

Em uma entrevista coletiva que teve a participação de 16 ministros, Dilma e integrantes do governo citaram os preparativos e a ausência de graves incidentes nas áreas da segurança, aviação, comunicação e do setor elétrico, entre outros setores, para fazer um balanço positivo do Mundial.

"Nós derrotamos, sem dúvida, essa previsão pessimista e realizamos com a imensa e maravilhosa contribuição do povo brasileiro essa Copa das Copas", afirmou Dilma durante avaliação do torneio, na sala de operações do Centro Integrado de Comando e Controle, instalação utilizada pelos órgãos de segurança e inteligência para monitorar o evento.

"O país pode se considerar um vitorioso no que se refere à organização dessa Copa do Mundo", disse Dilma, um dia após a Alemanha derrotar a Argentina na final, no Maracanã, por 1 x 0.

Sobre um dos pontos baixos do país na Copa, a goleada histórica por 7 x 1 sofrida pela seleção brasileira para a Alemanha na semifinal, Dilma disse que "tudo na vida é superação", que o país mostrou dignidade e que é preciso atitude para saber perder.

A presidente, que esteve nos estádios em apenas duas partidas da Copa do Mundo --o jogo de abertura, em São Paulo, e a final, no Rio de Janeiro-- foi hostilizada pela torcida nas duas ocasiões, como ocorreu no ano passado na Copa das Confederações.

Durante a mobilização governamental para divulgar o balanço da Copa nesta segunda-feira, o ministro da Casa Civil, Aloizio Mercadante, afirmou, ao ser questionado sobre o uso político do evento, que “não há uma análise simplista" sobre a relação entre a seleção brasileira e a urna.

Passado o período de festas, jogos e feriados por conta da Copa do Mundo, os brasileiros devem, agora, ser bombardeados com as campanhas para as eleições gerais de outubro.

Dilma, candidata à reeleição que lidera as pesquisas de intenção de voto, teve uma melhora na sua avaliação durante o Mundial.

A oposição, que no início criticou a realização do evento, passou a frequentar os estádios e tentou descolar o evento do contexto político. Mas mesmo a própria presidente chegou a afirmar que o futebol estava acima da política e que a seleção estava “acima de governos, de partidos e de interesses de qualquer grupo”.

Arsenal Numérico

Além da ameaça de protestos contra os gastos com o Mundial, como os ocorridos na Copa das Confederações do ano passado, o país viveu a insegurança de não ter finalizadas a tempo as obras de infraestrutura em aeroportos e estádios.

Ainda assim, ministros utilizaram-se de um arsenal de números para defender que o evento foi bem-sucedido. O ministro do Esporte, Aldo Rebelo, afirmou que sua visão otimista apresentada antes da realização do evento não se baseava apenas na “fé” e na “confiança”.

“Nós tínhamos um acompanhamento rigoroso”, afirmou o ministro, que relatou visitas às cidades-sede, além de acompanhamentos estatísticos das obras dos estádios, acompanhando inclusive os fabricantes de materiais utilizados nas construção para garantir o cumprimento dos prazos.

Segundo Aldo, os estádios receberam mais de 3 milhões de pessoas, sendo que 1,4 milhão era de estrangeiros. O ministro lembrou ainda – e lamentou – a morte de operários nas obras e ainda a de dois jornalistas estrangeiros, já durante o Mundial.

Em Belo Horizonte, uma das cidades-sede da Copa, a queda de parte de um viaduto em construção deixou ao menos duas pessoas mortas e outras 23 feridas. A estrutura era parte das obras de mobilidade para o Mundial, mas não foi concluída a tempo.

Na área da Aviação Civil, o chefe da pasta, Moreira Franco, comemorou a "pujança" do setor ao citar o recorde batido em um só dia da Copa, 3 de julho, quando 548 mil passageiros circularam pelos aeroportos que atenderam à demanda do evento.

Valendo-se de uma pesquisa encomendada pelo Ministério do Turismo, o ministro Vinícius Lages afirmou que 95 por cento dos visitantes estrangeiros têm intenção de voltar ao país e que para 83 por cento deles a experiência no país atendeu ou superou suas expectativas.

Outros ministros, como José Eduardo Cardozo, da Justiça, e Celso Amorim, da Defesa, também apresentaram dados sobre a mobilização de suas áreas para o evento. Foram mais de 177 mil profissionais de segurança pública, defesa e inteligência.

Dilma disse ainda que, após o Mundial, ficará para o Brasil um "imenso legado", não apenas material, mas também da "integração e da capacidade de trabalhar juntos".

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