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Dilma rebate acusações sobre Petrobras em horário político

Aécio promete controlar a inflação, combater a corrupção e manter atualização do salário mínimo anual


	Dilma e Aécio em propaganda eleitoral
 (Reprodução/YouTube)

Dilma e Aécio em propaganda eleitoral (Reprodução/YouTube)

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Da Redação

Publicado em 11 de outubro de 2014 às 14h19.

São Paulo - No programa eleitoral deste sábado, Dilma Rousseff rebateu as acusações que o PT vem sofrendo de Paulo Roberto Costa, ex-diretor da Petrobras que aceitou acordo de delação premiada para fornecer informações a respeito dos supostos casos de corrupção na estatal. A prensidente afirmou que seu governo tem tolerância zero com esses casos e lembrou que foi durante seu mandato que o delator foi demitido e a operação da Polícia Federal foi iniciada.

Ela ainda acusou os governos tucanos de "varrer a corrupção para debaixo do tapete", lembrando as denúncias relativas à suposta compra da reeleição durante o governo Fernando Henrique Cardoso, ao mensalão mineiro (ocorrido no governo de Eduardo Azeredo, do PSDB) e que ainda não teve desfecho e o cartel do metrô de São Paulo, que também não resultou em punições.

Outra acusação, mais direcionada a Aécio Neves, teve foco nas denúncias que o candidato sofreu de cercear a imprensa mineira durante seus mandatos e nas ações que ele moveu para suprimir conteúdos negativos a seu respeito na internet. Ainda falando de corrupção, ela ainda mencionou as cinco propostas para combater o problema, lançadas antes da realização do primeiro turno, e condenou o uso político das investigações.

Com menos ênfase, a propaganda ainda citou as propostas do programa "Mais Especialidades", do "Minha Casa, Minha Vida", e de transporte público. Ela ainda aproveitou o tempo para dar apoio à população nordestina, que sofreu diversos ataques após o resultado do primeiro turno, devido ao voto massivo na candidata.

Aécio

O programa de Aécio Neves, por sua vez, buscou passar por vários assuntos, como inflação e corrupção. No vídeo, o candidato apareceu em reunião com plateia composta por lideranças sindicais do país. Diversos integrantes do público fizeram perguntas a respeito de suas propostas e seu programa eleitoral. Um dos assuntos abordados foi o salário dos aposentados. Nesse quesito, Aécio prometeu considerar no cálculo da remuneração despesas como medicamentos e outros gastos próprios dessa faixa etária.

A política de atualização anual do salário mínimo será, segundo o candidato, mantida até 2019. Quanto ao fator previdenciário, Aécio não prometeu acabar com a medida, mas afirmou que, se for eleito, fará uma ampla discussão para encontrar alternativas a ele. Outra ação que afirmou que vai implementar em um possível governo é a correção da tabela do Imposto de Renda de acordo com a inflação, além de buscar a compensação das perdas já existentes nos anos anteriores.

Por falar em inflação, este foi outro tema abordado por ele no horário eleitoral, com a proposta de controlar o problema ao máximo, em contrapartida ao governo atual, que sofre para mantê-la dentro da meta. Antes de mostrar a retrospectiva da vida pública de Aécio, o candidato ainda prometeu construir 6.000 creches não construídas no governo Dilma. O presidenciável ainda relacionou o tema com a corrupção na Petrobras, ao dizer que o dinheiro desviado da estatal poderia garantir vagas para mais de 100.000 crianças em creches.

   

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