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Dilma quer acelerar parcerias para segurança na Copa

Plano estratégico de atuação da Polícia Federal, Forças Armadas e Agência Brasileira de Inteligência (Abin) foi entregue à presidente


	Estragos em protesto contra os gastos da Copa do Mundo após protesto em São Paulo
 (Marcelo Camargo/Agência Brasil)

Estragos em protesto contra os gastos da Copa do Mundo após protesto em São Paulo (Marcelo Camargo/Agência Brasil)

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Da Redação

Publicado em 27 de janeiro de 2014 às 19h28.

Brasília - O registro no fim de semana de atos de vandalismo e repressão da polícia em protestos contra a realização da Copa do Mundo, quatro meses e meio antes do início do torneio mundial de futebol, levou o governo federal a acelerar convênios e parcerias com os governos estaduais visando ao aumento da segurança nas ruas.

Um plano estratégico de atuação da Polícia Federal, Forças Armadas e Agência Brasileira de Inteligência (Abin) foi entregue à presidente Dilma Rousseff, que pretende convocar uma reunião sobre a segurança da Copa quando retornar de Cuba.

Os ministérios da Justiça, Defesa e Esporte, além do Gabinete de Segurança Institucional, informaram que estão aguardando o chamado da presidente para dar maiores informações sobre o plano estratégico para atuação nas ruas, nos aeroportos e nas fronteiras antes e durante a Copa. Dentro dos estádios de futebol a própria Fifa terá um corpo particular de segurança.

Do lado de fora das arenas as polícias militar de cada Estado-sede da Copa farão o patrulhamento. A ideia é conter o vandalismo com ações de inteligência, sem que seja usada violência por parte das PMs.

De acordo com o Ministério da Justiça, agentes comandados pela Secretaria de Segurança para Grande Eventos já estão trabalhando em conjunto com o serviço de inteligência das polícias militar e civil dos Estados. Por orientação do ministro José Eduardo Cardozo, que retornou de férias nesta segunda-feira, os agentes da PF têm conversado com os comandantes das PMs para que a violência seja contida. Há o receio de que para cada ação truculenta os protestos aumentem, chegando ao ápice durante a Copa, com possibilidade de se prolongar durante a campanha eleitoral, quando todas as autoridades estarão envolvidas, seja do lado do governo, seja da oposição.

Da parte da Defesa, a ideia é atender todos os Estados que pedirem reforço das Forças Armadas. O ministro Celso Amorim já disse à presidente Dilma Rousseff que um bom exemplo de uso das três Forças pode ser buscado na ocupação do Morro do Alemão, em 2010.

As Forças Armadas atuaram na operação a pedido do governador Sérgio Cabral (PMDB) e usaram até veículos anfíbios blindados da Marinha para proteger seus integrantes. Nos contatos com os outros ministros, Amorim disse que se algum governador pedir reforço, as Forças Armadas estão prontas, já com o aprendizado da ação no Morro do Alemão.

Na quinta-feira passada houve uma reunião entre representantes do Ministério da Justiça, da Defesa e da Segurança Institucional, ao qual está submetida a Abin. Independentemente do pedido dos governadores, a Abin vai infiltrar agentes entre os manifestantes, na tentativa de identificar os que aproveitam os protestos pacíficos para criar tumultos ou praticar assaltos.

Numa reunião ocorrida há cerca de 15 dias com a Defesa, Justiça, Casa Civil, Relações Exteriores, Planejamento e Secretaria-Geral da Presidência, Dilma reforçou a ideia de que as manifestações pacíficas têm de ser respeitadas. E orientou o ministro Gilberto Carvalho (Secretaria-Geral) a firmar um protocolo com as PMs estaduais para evitar exagero na repressão aos protestos.

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