Brasil

Dilma promete mais uma vez reduzir burocracia

A ampliação do Refis da Crise aprovada na quarta-feira pelo Congresso não tem a concordância do governo


	Dilma Rousseff: a presidente poderá vetar o artigo
 (Roberto Stuckert Filho/PR)

Dilma Rousseff: a presidente poderá vetar o artigo (Roberto Stuckert Filho/PR)

DR

Da Redação

Publicado em 4 de abril de 2014 às 08h34.

Brasília - A ampliação do Refis da Crise (parcelamento de débitos em atraso), aprovada na quarta-feira, 2, à noite pelo Congresso Nacional no texto da Medida Provisória 627, não tem a concordância do governo.

O acerto feito com o relator da MP, deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ), previa a reabertura do prazo de adesão ao programa após a sanção da lei, mas apenas para os contribuintes com débitos vencidos até o final de 2008. O prazo, porém, foi estendido e passou a englobar dívidas vencidas até 30 de junho de 2013.

Durante a votação, o relator indicou que a presidente Dilma Rousseff poderá vetar o artigo. Ele lembrou que não acatou a sugestão de emendas de parlamentares mudando o prazo, em seu relatório final, porque não é a vontade do governo."Tanto que o governo anunciou que, por não estar de acordo, seria um veto certo", disse Cunha durante a votação.

Apesar disso, o PMDB votou a favor da emenda apresentada pelo senador Paulo Bauer (PSDB-SC). "Este relator, mesmo não acolhendo dentro da Comissão Mista e não acolhendo como relator, mas pela bancada do PMDB, apoiará este destaque. Mas alertando que não tem compromisso do governo de sanção", ressaltou Cunha.

No final da votação, o presidente da Câmara, Henrique Eduardo Alves (PMDB/RN), fez um apelo ao governo para que fossem mantidas as mudanças aprovadas. "Eu quero fazer um apelo para que o governo respeite essa decisão quase unânime desta Casa."

Lobby

Nos parcelamentos anteriores, o governo acabou cedendo à vontade dos parlamentares que votaram a favor do lobby das empresas. Todas as vezes pesou a avaliação de que seria um desgaste político muito grande para o presidente da República vetar o parcelamento aprovado com desconto de juros e multa.

A única vez em que o governo trabalhou a favor do Refis, assim mesmo com parecer contrário da Receita Federal, foi no fim do ano passado. O Tesouro precisava de recursos extras para fechar as contas de 2013 dentro da meta de superávit primário.

Em ano de eleição pode ficar mais difícil para a presidente vetar o parcelamento que atinge também os contribuintes pessoas físicas. O governo ainda pode tentar reverter a decisão da Câmara na votação da medida provisória no plenário do Senado, prevista para a próxima semana.

No entanto, uma alteração do texto faria com que a MP tivesse que ser analisada novamente pelos deputados. Nesse caso, correria o risco de a medida provisória perder a validade. Ela vence em 21 de abril. Por causa do feriado da Semana Santa, o Congresso tem de concluir a votação até o dia 17 de abril. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Acompanhe tudo sobre:BurocraciaCongressoDilma RousseffPersonalidadesPolítica no BrasilPolíticosPolíticos brasileirosPT – Partido dos Trabalhadores

Mais de Brasil

Reeleito em BH, Fuad Noman está internado após sentir fortes dores nas pernas

CNU divulga hoje notas de candidatos reintegrados ao concurso

Chuvas fortes no Nordeste, ventos no Sul e calor em SP: veja a previsão do tempo para a semana

Moraes deve encaminhar esta semana o relatório sobre tentativa de golpe à PGR