Brasil

Dilma promete diálogo em reunião com Cunha e Calheiros

A presidente voltou a prometer mais diálogo com o Congresso durante reunião que teve com os presidentes da Câmara e do Senado


	Dilma Rousseff, durante encontro com Michel Temer (D), Aloizio Mercadante (1º à esq), Eduardo Cunha e Renan Calheiros
 (Roberto Stuckert Filho/PR/Fotos Públicas)

Dilma Rousseff, durante encontro com Michel Temer (D), Aloizio Mercadante (1º à esq), Eduardo Cunha e Renan Calheiros (Roberto Stuckert Filho/PR/Fotos Públicas)

DR

Da Redação

Publicado em 5 de fevereiro de 2015 às 19h27.

Brasília - A presidente Dilma Rousseff voltou a prometer mais diálogo com o Congresso Nacional nesta quinta-feira durante a reunião que manteve com os presidentes da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), e do Senado Federal, Renan Calheiros (PMDB-AL), evitando tocar em temas espinhosos como a criação de uma nova comissão parlamentar para investigar a Petrobras.

Renan disse à Reuters, depois da reunião, que foi "uma conversa institucional" e que ficou clara a "necessidade de conversar mais". Segundo ele, Dilma se comprometeu a abrir um diálogo periódico com o Congresso, mas não marcou uma nova reunião. Eles não trataram de temas específicos, de acordo com Renan, nem mesmo o encaminhamento da reforma política, bandeira de campanha da presidente e que também é defendida por Cunha e ele.

Desde o primeiro mandato, Dilma tem prometido aos aliados e ao Congresso que estreitará relações, mas parlamentares reclamam que ela nunca se aproximou de deputados e senadores, que costumam criticar a articulação política do Palácio do Planalto.

A reunião desta quinta-feira também era cercada de expectativa porque foi a primeira entre Dilma e Cunha, depois que o deputado, considerado desafeto político do governo, venceu a eleição para a presidência da Câmara, no domingo, contra o candidato preferido pela presidente, deputado Arlindo Chinaglia (PT-SP).

A vitória de Cunha, além de representar a primeira derrota de Dilma no novo Congresso, também evidenciou as dificuldades de articulação do governo com partidos aliados. O resultado, com a candidatura petista tendo apenas 136 votos, cristalizou ainda o cenário de isolamento do PT na Câmara.

Uma das primeiras iniciativas de Cunha no comando da Casa foi criar uma nova Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para investigar a Petrobras, contrariando a orientação do governo, que não queria a reabertura das investigações políticas no segundo mandato de Dilma.

No ano passado, duas CPIs, uma na Câmara e uma mista composta de senadores e deputados, investigaram a estatal.

A Petrobras está no centro das investigações da operação Lava Jato, da Polícia Federal, que apura um suposto esquema de corrupção que envolve ex-empregados, executivos de empreiteiras e políticos e que teria desviado dezenas de bilhões de reais.

Uma fonte do governo disse à Reuters que Cunha e Dilma tiveram postura institucional durante a reunião. "Não foi uma reunião tensa, mas ninguém dobrou o joelho", resumiu a fonte, sob condição de anonimato.

Também participaram do encontro o vice-presidente da República, Michel Temer, e os ministros da Casa Civil, Aloizio Mercadante, e das Relações Institucionais, Pepe Vargas.

Acompanhe tudo sobre:Câmara dos DeputadosDilma RousseffPersonalidadesPolítica no BrasilPolíticosPolíticos brasileirosPT – Partido dos TrabalhadoresRenan CalheirosSenado

Mais de Brasil

Reeleito em BH, Fuad Noman está internado após sentir fortes dores nas pernas

CNU divulga hoje notas de candidatos reintegrados ao concurso

Chuvas fortes no Nordeste, ventos no Sul e calor em SP: veja a previsão do tempo para a semana

Moraes deve encaminhar esta semana o relatório sobre tentativa de golpe à PGR