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Dilma prepara pronunciamento contra "ruptura"

Dilma Rousseff já prepara um pronunciamento para fazer após julgamento no processo de impeachment, denunciando "ruptura institucional"


	Impeachment: pronunciamento de Dilma deve reiterar argumento de ameaça à democracia
 (Ueslei Marcelino / Reuters)

Impeachment: pronunciamento de Dilma deve reiterar argumento de ameaça à democracia (Ueslei Marcelino / Reuters)

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Da Redação

Publicado em 31 de agosto de 2016 às 08h09.

Brasília - A presidente afastada Dilma Rousseff já prepara um pronunciamento para fazer após o julgamento do processo de impeachment.

Sem esperança de vencer a batalha, Dilma ainda não redigiu o texto, mas planeja reiterar o argumento de que a democracia está sendo ferida de morte por um golpe de Estado.

O pronunciamento deverá ser feito no Palácio da Alvorada e divulgado nas redes sociais. O tom será emocional, na linha de que a história fará justiça à primeira mulher eleita presidente.

Dilma quer destacar que nunca desviou dinheiro público e está sendo vítima de uma "injustiça" política, pagando alto preço por contrariar interesses.

Sua intenção é protestar contra a "ruptura institucional", como fez na sessão de defesa do Senado, durante quase 14 horas, na segunda-feira.

Apelo

Apesar da expectativa desfavorável sobre sua sentença, a presidente afastada fez, na terça, vários telefonemas para senadores. A todos, apelava para que não a condenassem sem provas.

O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva permaneceu em Brasília e procurou os que se diziam indecisos, além de dirigentes de partidos.

Lula tinha expectativa de que a bancada do Maranhão - detentora de três votos - pudesse apoiar Dilma. Após a primeira conversa que teve com o senador Edison Lobão (PMDB-MA), porém, o presidente interino Michel Temer fez pressão sobre os três maranhenses.

Ex-ministro de Minas e Energia nos dois governos do PT, Lobão avisou Lula que não seria possível votar contra o impeachment. Um dirigente do PT disse ao jornal O Estado de S. Paulo que o ex-presidente previa há tempos o desfecho desta crise, mas tentou até o último minuto virar votos para não ser acusado de abandonar Dilma.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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