Brasil

Dilma pode tentar constranger ex-ministros por impeachment

Dilma Rousseff pretende citar seus ex-ministros no Senado durante julgamento do impeachment para constranger quem "trocou de lado"


	Dilma Rousseff: seis senadores integravam o primeiro escalão do governo, mas votaram pela abertura do processo de impeachment no Senado
 (Ueslei Marcelino / Reuters)

Dilma Rousseff: seis senadores integravam o primeiro escalão do governo, mas votaram pela abertura do processo de impeachment no Senado (Ueslei Marcelino / Reuters)

DR

Da Redação

Publicado em 19 de agosto de 2016 às 08h47.

Brasília - Ao fazer sua defesa pessoalmente no processo de impeachment, a presidente afastada Dilma Rousseff citará ex-ministros que hoje são seus julgadores para mostrar que todos eles acompanharam sua gestão no governo.

A ideia é constranger ao menos seis senadores, que integravam o primeiro escalão e, na madrugada do dia 10, viraram seus algozes.

A lista dos que foram ministros de Dilma e votaram para transformá-la em ré no processo é composta por Eduardo Braga (PMDB-AM) – que também ocupou o cargo de líder do governo no Senado –, Edison Lobão (PMDB-MA), Fernando Bezerra Coelho (PSB-PE), Garibaldi Alves Filho (PMDB-RN), Marta Suplicy (PMDB-SP) e Marcelo Crivella (PRB-RJ).

Dilma irá ao plenário do Senado no próximo dia 29 e já começou a se preparar para a sabatina. No Palácio da Alvorada, ela participará de um treinamento político para que seja capaz de rebater questionamentos duros, sem sair da linha.

A "aula" jurídica será dada por José Eduardo Cardozo, o advogado responsável por sua defesa.

Em reunião no Alvorada, quinta-feira, 18, os senadores Humberto Costa (PE), Paulo Rocha (PA) e José Pimentel (CE), todos do PT, explicaram a Dilma o formato da sessão de impeachment, a ser comandada pelo presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Ricardo Lewandowski.

O presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), adiou para a manhã desta sexta-feira um encontro com a presidente afastada para discutir os detalhes da participação dela no julgamento.

Renan embarcou na quinta para o Rio com o presidente em exercício Michel Temer. Foi a primeira vez que os dois viajaram juntos desde 12 maio, quando Dilma foi afastada do cargo.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Acompanhe tudo sobre:Dilma RousseffImpeachmentPersonalidadesPolítica no BrasilPolíticosPolíticos brasileirosPT – Partido dos TrabalhadoresSenado

Mais de Brasil

Banco Central comunica vazamento de dados de 150 chaves Pix cadastradas na Shopee

Poluição do ar em Brasília cresceu 350 vezes durante incêndio

Bruno Reis tem 63,3% e Geraldo Júnior, 10,7%, em Salvador, aponta pesquisa Futura

Em meio a concessões e de olho em receita, CPTM vai oferecer serviços para empresas