Dilma: ex-presidente estaria ligada a doações da JBS aceitas em caixa 2 (Paulo Whitaker/Reuters)
Lucas Agrela
Publicado em 18 de maio de 2017 às 16h48.
Última atualização em 18 de maio de 2017 às 20h42.
São Paulo -- A ex-presidente Dilma Rousseff (PT), que sofreu impeachment no ano passado, pediu 30 milhões de reais a Joesley Batista, dono do grupo JBS. A informação vem de um dos anexos da delação premiada dos donos da empresa com a Procuradoria-Geral da República.
Segundo o documento, o dinheiro era destinado à campanha de Fernando Pimentel (PT), governador de Minas Gerais.
O pedido, feito no final de 2014, foi realizado no Palácio do Planalto. De acordo com o jornal Folha de S. Paulo, a doação foi feita via caixa 2. O dinheiro recebido da JBS pela campanha foi declarado, mas em valor menor. As partes não comentaram o caso até a publicação desta matéria.
Também nesta semana, a Corte Especial do Superior Tribunal de Justiça (STJ) determinou a retomada de uma ação penal contra Pimentel, ligada à Operação Acrônimo.
De acordo com o G1, ele está envolvido em denúncias por lavagem de dinheiro e corrupção passiva. Para beneficiar a montadora de veículos Caoa, ele teria recebido propina de 2 milhões de reais quando era ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior.
Além disso, Pimentel também já foi denunciado por suspeita de receber propina de 15 milhões de reais para facilitar a liberação de recursos para dois projetos da Odebrecht. O político se defendeu dizendo que a denúncia fora feita apenas com base no depoimento do relator (o empresário Benedito Rodrigues de Oliveira) e, por isso, era "frágil".