Brasil

Dilma nega ter feito discurso político na ONU

Dilma fez prestação de contas do seu mandato e exaltou conquistas do seu governo e do de Lula na construção de "sociedade inclusiva" e de "economia moderna"

Dilma: presidente voltou a defender uma reforma das instituições internacionais (Mike Segar/Reuters)

Dilma: presidente voltou a defender uma reforma das instituições internacionais (Mike Segar/Reuters)

DR

Da Redação

Publicado em 24 de setembro de 2014 às 15h37.

Nova York - Candidata à reeleição, a presidente Dilma Rousseff (PT) negou ter feito na manhã desta quarta-feira, 24, um discurso político na abertura da 69ª Assembleia Geral das Nações Unidas.

A onze dias do primeiro turno das eleições, Dilma fez prestação de contas do seu mandato e exaltou as conquistas do seu governo e da gestão do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (2003-2010) na construção de uma "sociedade inclusiva" e de uma "economia moderna".

"Eu falo que o Brasil reduziu a desigualdade, aumentou a renda, ampliou o emprego, em todos os discursos. Em todos eles. Porque isso é um valor aqui. É um valor que o mundo reconhece que nós fizemos isso. Nós, em 12 anos, tivemos uma redução que poucos países do mundo tiveram. Eu digo isso porque, como chefe de governo, eu tenho um imenso orgulho disso e acho que parte do respeito que o Brasil tem no plano internacional decorre do fato de a gente ter feito isso", afirmou Dilma, em coletiva de imprensa concedida antes de embarcar de volta para o Brasil.

"Nenhum país, como nenhuma família, respeita aqueles que chefiam o país ou a família que não melhoram a vida dos seus. Então, ter melhorado a vida do Brasil, ou seja, ter saído do Mapa da Fome, ter diminuído a pobreza em um mundo que desemprega centenas de milhões de pessoas. Nós criamos emprego, então, este é um valor, acho que é um valor pro Brasil e é um valor pra ser afirmado internacionalmente", disse a presidente.

Pesquisa

Dilma evitou comentar o resultado da mais recente pesquisa Ibope/Estadão/Rede Globo, divulgada nesta terça-feira.

A petista ampliou de seis para nove pontos porcentuais a vantagem em relação a Marina Silva (PSB), enquanto Aécio Neves (PSDB) interrompeu sua trajetória de crescimento, segundo o levantamento.

No 2º turno, há um empate em 41% entre a candidata petista e sua principal adversária.

Na simulação de 1º turno, Dilma passou de 36% para 38% das intenções de voto do eleitorado em uma semana. Marina oscilou de 30% para 29%, e Aécio manteve os mesmos 19% do levantamento anterior.

"Eu não comento pesquisa. Eu já disse isso pra vocês, quando as pesquisas caem, não comento. Se sobe, não comento. (Não comento) se fica no mesmo patamar", respondeu Dilma.

Questionada pelo Broadcast, serviço de notícias em tempo real da Agência Estado, se não estava mais feliz nos últimos dias com o resultado dos últimos dados de intenção de voto, Dilma respondeu: "Meu querido, eu sou uma pessoa sempre alegre, porque acho... que senão não vale a pena viver. Vale? Beijo."

FMI e Banco Mundial

Dilma Rousseff voltou a defender uma reforma das instituições internacionais, como o Fundo Monetário Internacional (FMI) e o Banco Mundial.

Após discursar na 69ª Assembleia Geral das Nações Unidas, a presidente reiterou a necessidade destes organismos multilaterais representarem "a real correlação de forças do mundo".

"Estes dois órgãos não podem continuar deixando que países que têm hoje grande relevância, não tenham a mesma proporção no que se refere às cotas. Isto é uma pauta sistemática do governo brasileiro", disse Dilma.

A presidente ressaltou ainda aos jornalistas a importância da ONU e dos países do G-20 voltarem e "prestarem bastante atenção" nas condições de retomada do crescimento internacional.

Acompanhe tudo sobre:Dilma RousseffEleiçõesEleições 2014ONUPersonalidadesPolíticaPolítica no BrasilPolíticosPolíticos brasileirosPT – Partido dos Trabalhadores

Mais de Brasil

Bolsonaro nega participação em trama golpista e admite possibilidade de ser preso a qualquer momento

Haddad: pacote de medidas de corte de gastos está pronto e será divulgado nesta semana

Dino determina que cemitérios cobrem valores anteriores à privatização

STF forma maioria para permitir símbolos religiosos em prédios públicos