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Dilma nega tarifaço após eleições e defende ministérios

A presidente disse não ter dúvidas de que o Brasil precisa de uma reforma política e defendeu que a as mudanças sejam feitas com ampla participação popular


	Dilma: candidata rebateu críticas de que governo tem número excessivo de ministérios
 (Reuters)

Dilma: candidata rebateu críticas de que governo tem número excessivo de ministérios (Reuters)

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Da Redação

Publicado em 30 de julho de 2014 às 19h41.

Brasília - Após a sabatina realizada na Confederação Nacional da Indústria (CNI) hoje (30), a presidente Dilma Rousseff, candidata à reeleição, negou que depois das eleições haverá um aumento nas tarifas, apelidado de tarifaço.

A candidata também rebateu críticas de outros candidatos de que seu governo tem um número excessivo de ministérios.

“Eu acho essa história [de tarifaço] prima irmã da 'tempestade perfeita', do racionamento de energia e das profecias que não aconteceram,” disse Dilma, que considera que esse tipo de postura gera insegurança no país e pode levar as empresas a deixarem de investir no Brasil.

Dilma justificou o aumento nas tarifas em alguns setores pela escassez de chuvas na Região Sudeste, o que levou a colocar as Usinas Termoelétricas em funcionamento e a reajustar as tarifas.

Perguntada sobre as críticas de que há um número excessivo de ministérios em seu governo, Dilma citou algumas secretarias com status de ministério como as secretarias de Política para as Mulheres, a de Igualdade Racial, a de Direitos Humanos e o da Micro e Pequena Empresa, como necessárias para fortalecer segmentos específicos.

Ela desafiou os candidatos a dizerem quais pastas deveriam ser extintas.

“Eu gostaria muito de saber a sugestão concreta [dos concorrentes]. Querem acabar com o quê? O status de ministério da Secretaria das Mulheres permitiu o empoderamento das mulheres quando se trata da violência contra elas, de Direitos Humanos, dando respaldo à necessidade de combater à tortura, assim sucessivamente. Rigorosamente, elas não são um ministério no sentido orgânico da palavra, no tamanho, por exemplo, do Ministério da Fazenda, mas elas têm um motivo político de serem ministérios”, justificou.

Dilma disse não ter dúvidas de que o Brasil precisa de uma reforma política e defendeu que a as mudanças sejam feitas com ampla participação popular.

Para a candidata, o tema é fundamental no processo de modernização do Estado brasileiro.

“Só acredito que o Brasil fará esta reforma política por meio de uma ampla participação popular. Daí definimos como prioritário o plebiscito. Eu mandei uma proposta para o Congresso que não foi aprovada,” lembrou.

Dilma voltou a defender a necessidade de uma reforma trabalhista e disse que ela só será possível com o diálogo entre empresários, trabalhadores e o Congresso.

Segundo ela, as disputas judiciais envolvendo patrões e empregados “aumentam os custos” do setor, por isso tem que haver um processo de negociação amplo.

“Instituirmos a negociação coletiva é fundamental, principalmente nos setores fortes, onde tanto a indústria seja forte quanto os trabalhadores”.

Durante a sabatina, a candidata à reeleição defendeu ainda uma internet popular com mais velocidade, “não de um mega[bite], mas de 50 mega[bites] como a sul-coreana”, comparou.

Segundo Dilma, para que isto se realize é preciso que, tanto o governo quanto empresários invistam na expansão da rede.

Além de Dilma Rousseff, também foram sabatinados hoje pela CNI os candidatos Aécio Neves (PSDB) e Eduardo Campos (PSB).

A entidade apresentou 42 propostas aos presidenciáveis sobre dez áreas prioritárias para o setor para garantir a competitividade a competitividade das empresas nacionais no mercado interno e externo.

A CNI convidou os três candidatos mais bem colocados nas pesquisas de intenção de voto.

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