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Dilma não conseguiria arrumar setor elétrico, diz Serra

Ex-governador disse que a presidente não tem credibilidade para consertar o que seu governo fez de errado na área elétrica


	José Serra (PSDB-SP): ex-governador será candidato para o Senado
 (Marcello Casal/Agência Brasil)

José Serra (PSDB-SP): ex-governador será candidato para o Senado (Marcello Casal/Agência Brasil)

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Da Redação

Publicado em 30 de julho de 2014 às 19h02.

São Paulo - O candidato do PSDB ao Senado Federal, José Serra, disse no início da noite desta quarta-feira que a presidente Dilma Rousseff não tem credibilidade para consertar o que seu governo fez de errado na área elétrica.

"Metade do setor (elétrico) está quebrado e pra consertar tudo isso, o mesmo governo não vai conseguir", disse o tucano, em palestra no Sindicato dos Engenheiros no Estado de São Paulo, na capital.

Nas críticas ao PT, Serra disse que o governo do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, "de um homem que foi operário", prejudicou o setor industrial, com reflexos negativos para a economia do País.

E frisou que a era petista, que não tem capacidade executiva, "arrebentou" um dos patrimônios da classe trabalhadora brasileira, o Fundo de Amparo ao Trabalhador (FAT).

Serra lembrou que foi ele quem apresentou a emenda à Constituição que instituiu o que viria a ser o FAT.

Ao falar de sua candidatura ao Senado, o ex-governador disse que dentre as suas bandeiras, está "a batalha para consertar a questão do FAT" e garantir que genéricos sejam destinados também aos pacientes com câncer.

Ele disse que a aprovação para um medicamento genérico entrar no mercado era de cerca de cinco meses quando ele esteve à frente do Ministério da Saúde, na gestão do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso. Hoje, na gestão do PT, leva quase 30 meses, afirma.

O tucano falou também que pretende defender a bandeira da segurança, principalmente o combate às drogas e a vigilância nas fronteiras. "Hoje não há campanha educacional contra as drogas", disse.

No início de sua exposição, Serra disse que quando optou pela faculdade que iria cursar, havia duas profissões nobres, engenharia e medicina.

"Escolhi engenharia porque pagava mais, tinha 17 anos", contou. No início dos anos 60, o Brasil estava em processo de industrialização e por isso a procura por engenheiros era grande.

Serra lamentou que da década de 80 para cá, o ritmo da economia brasileira tenha caído. "Estamos há praticamente 34 anos sem encontrar o caminho do desenvolvimento sustentável, com salto de galinha, cresce mas cai", afirmou.

Serra também lembrou, na palestra, sua participação na gestão do falecido governador de São Paulo Franco Montoro.

"Vocês não têm ideia da terra arrasada que encontramos ao assumir o governo de São Paulo, após a administração de Paulo Maluf", criticou.

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