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Dilma muda hábitos em meio à crise e tenta se manter firme

Presidente parou de ler jornais pela manhã e tenta manter firmeza em meio ao caos


	Presidente Dilma Rousseff: mudança de hábitos
 (Reuters/ Ueslei Marcelino)

Presidente Dilma Rousseff: mudança de hábitos (Reuters/ Ueslei Marcelino)

Guilherme Dearo

Guilherme Dearo

Publicado em 9 de agosto de 2015 às 13h21.

São Paulo - A presidente Dilma Rousseff pode estar mudando alguns de seus tradicionais hábitos diante da difícil situação política.

Segundo informações do jornal Folha de S.Paulo, Dilma parou de ler todos os jornais logo pela manhã, como costumava fazer. Agora, checa alguns sites internacionais com pouca frequência.

São seus assessores pessoais que acabam lhe avisando de algum acontecimento importante da mídia.

Lula fazia o mesmo em seu mandato. Depois de 2005, quando estourou o escândalo do mensalão, parou de ler o noticiário e chegou a se gabar disso em público. Dizia que as constantes notícias ruins lhe davam azia.

No Planalto, já disseram que Dilma estaria evitando o noticiário por estar "alheia e deprimida" ou por total isolamento. 

Outros dizem o contrário. A presidente tenta se manter firme em meio à crise. Inclusive, estaria mantendo uma postura de autocontrole justamente pelo momento difícil.

Enquanto todos ao seu redor surtam, ela teria de manter a ordem das coisas.

Em meio à crise, Dilma também estaria mais atenta à roupa e maquiagem e procurando modelos ideais para sua nova silhueta pós-dieta.

Firmeza

É a firmeza – ou a falta dela – da presidente que preocupa alguns de seus aliados.

O aliado de Lula e Dilma, frei Betto, disse em entrevista à Folha, por exemplo, que teme que ela não aguente tanta pressão nos próximos três anos.

Ele acredita que a democracia está amadurecida o suficiente para evitar um impeachment, mas a própria presidente poderia renunciar diante de tanta impopularidade e pressão.

Na última sexta-feira (7), durante evento em Boa Vista (RR), Dilma disse que "aguenta pressão, que aguenta ameaças" e afirmou que a democracia precisa ser respeitada.

"Voto é a fonte da minha legitimidade e ninguém vai tirar essa legitimidade que o voto me deu", disse.

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