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Dilma lança em junho 3ª etapa do Minha Casa Minha Vida

Preocupada com falta de segurança nesses conjuntos residenciais, Dilma quer que novas casas tenham mais proteção e que haja, por exemplo, construção de muros


	Minha Casa, Minha Vida: a presidente Dilma reiterou a necessidade de melhorar a qualidade das casas que estão sendo entregues
 (Tânia Rêgo/ABr)

Minha Casa, Minha Vida: a presidente Dilma reiterou a necessidade de melhorar a qualidade das casas que estão sendo entregues (Tânia Rêgo/ABr)

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Da Redação

Publicado em 28 de abril de 2014 às 15h29.

Brasília - A presidente Dilma Rousseff vai anunciar em junho a terceira etapa do Programa Minha Casa, Minha Vida.

A informação foi dada pelo ministro das Cidades, Gilberto Occhi, em entrevista no Palácio do Planalto depois de reunião com a presidente Dilma, o presidente da Confederação Brasileira da Indústria da Construção (CBIC), Paulo Safady Simão, e outros representantes do setor.

Segundo Paulo Simão, a proposta do setor é que nesta etapa sejam construídos 3 milhões de casas com subsídios da ordem de R$ 135 bilhões.

Os números definitivos, no entanto, ainda precisam ser fechados pelo governo, segundo Simão e o ministro Occhi.

Preocupada com falta de segurança nesses conjuntos residenciais, o que tem sido uma queixa frequente dos moradores, a presidente Dilma quer que as novas casas tenham mais proteção e que haja, por exemplo, construção de muros.

"Isso encarece a construção, mas vamos ver o que dá pra fazer", afirmou Simão, ao citar a preocupação da presidente, que quer que as casas fiquem mais isoladas.

No encontro, que durou pouco menos de duas horas, a presidente Dilma reiterou a necessidade de melhorar a qualidade das casas que estão sendo entregues.

"Ela quer melhorar a especificação", contou Simão, ressaltando que esta é uma preocupação também dos empresários.


O presidente da CBIC saiu em defesa do programa, dizendo que ele "não pode ser acusado de eleitoreiro, ao contrário, ele é fundamental para o país e precisa ter continuidade".

E emendou: "Seria de grande irresponsabilidade não dar continuidade e o programa não tem nada de eleitoreiro. É um programa de Estado".

Na reunião, Dilma disse que o governo já está em condições de lançar a ampliação do programa e o melhor era anunciar logo "porque fica mais longe da eleição" e "não tenho de me preocupar mais com isso".

Paulo Simão acentuou que o setor criticou muito quando surgiram as primeiras informações de que o programa seria lançado em agosto.

"Está muito longe e as empresas precisam de um ano para se preparar para dar início aos projetos. Portanto, quanto antes, melhor", afirmou ele, lembrando que "o importante é que fique amarrado que vai ter um Minha Casa Minha Vida 3".

O governo quer lançar projetos novos para tentar conter a onda de más notícias dos últimos dias, principalmente em relação à Petrobras.

Não está decidido ainda se a presidente Dilma anunciará oficialmente o 'Minha Casa Minha Vida 3' no seu pronunciamento do Dia do Trabalho, em 1º de maio, em cadeia de rádio e TV.


Continuidade

Paulo Simão anunciou - para que o programa não sofra nenhuma interrupção, qualquer que seja o presidente escolhido nas próximas eleições - que está conversando com todos os pré-candidatos e já fez isso também com Aécio Neves, do PSDB, e Eduardo Campos, do PSB.

Ele disse que, nos dias 21, 22 e 23 de maio, será realizado um grande encontro do setor em Goiânia, e que a presidente Dilma prometeu estar presente. Os demais pré-candidatos também foram convidados, mas ainda não confirmaram presença.

O presidente da CBIC informou também que o setor propôs à presidente Dilma na reunião de hoje a criação de uma quarta faixa - chamada de 1,5 - para quem ganha entre R$ 1.400,00 e R$ 2.600,00, que não está conseguindo ser contemplado pelo programa atualmente.

Segundo ele, o grupo que está fechando o programa estuda a proposta, que poderia representar 10% do projeto, ou seja, cerca de 300 mil unidades, faixa para a qual poderia haver um subsídio da ordem de R$ 40 mil.

Uma solução apresentada na reunião, que vai ser estudada pelo governo, de acordo com Simão, seria ampliação do prazo de pagamento da casa, que deixaria de ser apenas bancada pelo Orçamento Geral da União e passaria a contar também com financiamento de bancos públicos, por exemplo. A Caixa Econômica Federal e o Banco do Brasil estavam na reunião.

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