Brasil

Dilma inverteu ônus da prova no debate, avalia consultor

Segundo analista, a presidente colocar o tucano na defensiva


	Dilma: a presidente conseguiu relativizar os ataques contra as irregularidades na Petrobras, seu maior "teto de vidro"
 (Ichiro Guerra/Dilma 13/Fotos Públicas)

Dilma: a presidente conseguiu relativizar os ataques contra as irregularidades na Petrobras, seu maior "teto de vidro" (Ichiro Guerra/Dilma 13/Fotos Públicas)

DR

Da Redação

Publicado em 15 de outubro de 2014 às 11h39.

São Paulo - A grande novidade que surgiu do debate na noite desta terça-feira, 14, entre Dilma Rousseff (PT) e Aécio Neves (PSDB) foi que a presidente conseguiu inverter o ônus da prova e colocar o tucano na defensiva, segundo avalia Mário Marconini, diretor-presidente da consultoria Teneo.

"Havia uma expectativa de que Aécio seria mais agressivo, de que Dilma teria mais dificuldades. Mas houve um efeito surpresa, ela conseguiu inverter o ônus da prova e os mercados financeiros hoje estão reagindo a isso", diz.

Para Marconini, ao listar uma série de escândalos de corrupção envolvendo o PSDB, mesmo que sem nenhum fato novo, Dilma conseguiu relativizar os ataques contra as irregularidades na Petrobras, que é o seu maior "teto de vidro".

"Aécio saiu de lá com um monte de detalhes que ainda precisam ser explicados", afirma. O analista diz que o tucano precisa partir para um ataque frontal contra a administração Dilma, questionando o fracasso na política econômica e propondo avanços em programas sociais. "Não dá para ficar só se defendendo."

Mesmo com essa inversão bem-sucedida de Dilma, o diretor da Teneo acredita que o eleitor que estava indeciso saiu com ainda mais dúvidas após o debate de ontem. "Existe uma dicotomia clássica ente programas sociais e gerenciamento da economia", comentou.

Marconini aponta que ainda serão realizados mais três embates televisivos e Aécio terá chance de responder melhor às acusações de Dilma, que deve manter a tática de tentar desconstruir o rival, inclusive atacando a imagem de bom gestor dele durante o governo de Minas Gerais.

Acompanhe tudo sobre:aecio-nevesDilma RousseffEleiçõesEleições 2014PersonalidadesPolítica no BrasilPolíticosPolíticos brasileirosPT – Partido dos Trabalhadores

Mais de Brasil

Ações isoladas ganham gravidade em contexto de plano de golpe, afirma professor da USP

Governos preparam contratos de PPPs para enfrentar eventos climáticos extremos

Há espaço na política para uma mulher de voz mansa e que leva as coisas a sério, diz Tabata Amaral

Quais são os impactos políticos e jurídicos que o PL pode sofrer após indiciamento de Valdermar