Dilma Rousseff: presidente reconheceu que o país nunca teve um programa de curso técnico nem de qualificação profissional. “Isso é uma falha na estrutura educacional do Brasil” (Roberto Stuckert Filho/PR)
Da Redação
Publicado em 25 de abril de 2014 às 17h46.
Brasília - Um dia após anunciar que, cumprida a meta de 8 milhões de matrículas, o Programa Nacional de Acesso ao Ensino Técnico e Emprego (Pronatec) entrará na sua segunda etapa, a presidente Dilma Rousseff disse acreditar que os formandos vão se inscrever em outros cursos após o primeiro diploma.
“A formatura aqui é só um começo da vida profissional, da melhoria da vida profissional, ou de um pequeno negócio que você abre, porque tenho certeza que vocês irão buscar outros cursos”, disse a presidente em Belém, onde participou da entrega dos certificados de 1,2 mil alunos do programa.
Dilma afirmou que o Brasil está aprendendo a fazer ensino técnico e profissionalizante, de uma forma que atenda a “toda a demanda dos jovens”. “Este é o primeiro, vai ter o Pronatec 2.0, que é o próximo. Vamos ter sempre oportunidades abertas para pessoas como vocês, que correm atrás, se esforçam”, prometeu. Para a presidente, o Brasil “precisa do Pronatec para seguir avançando”.
Após dizer aos formandos e às autoridades que a capacitação profissional é importante, Dilma reconheceu que o país nunca teve um programa de curso técnico nem de qualificação profissional. “Isso é uma falha na estrutura educacional do Brasil”, avaliou, para depois declarar que “nenhum país chegou a se transformar em uma nação desenvolvida sem estudantes que se capacitassem profissionalmente para exercer uma profissão”.
Em seu discurso, Dilma voltou a defender a valorização da educação, desde a creche até o ensino universitário. “O brasileirinho e a brasileirinha pequenininhos têm de ter acesso à creche de alta qualidade sem olhar o sobrenome, a classe social ou a renda dele”, disse.