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"Dilma fez orgia orçamentária em eleição", diz ministro

Mendonça Filho criticou a administração de parte das federais e disse que o governo Dilma promoveu um crescimento irresponsável dos gastos em ano eleitoral

Mendonça Filho: ministro disse que governo Dilma comprometeu o futuro das instituições federais (Valter Campanato/Agência Brasil)

Mendonça Filho: ministro disse que governo Dilma comprometeu o futuro das instituições federais (Valter Campanato/Agência Brasil)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 31 de agosto de 2017 às 09h49.

São Paulo - Em entrevista, o ministro da Educação, Mendonça Filho, criticou a administração de parte das federais e disse que o governo Dilma promoveu um crescimento irresponsável dos gastos em ano eleitoral, chamado por ele de "orgia orçamentária", o que comprometeu o futuro das instituições federais.

Reportagem da edição desta quinta-feira, 31, do jornal O Estado de S. Paulo, mostra que o orçamento para manutenção e investimento das universidades federais brasileiras caiu R$ 3,38 bilhões em três anos. Leia a seguir trechos da entrevista com o ministro:

Até o fim do ano será oferecido 100% do custeio?

Esse é meu objetivo. No mínimo 85% a 90%. Mas não depende só de mim.

Reitores que ouvimos relataram uma necessidade de cortar gastos.

Me desculpe, mas 2014 foi um ano de farra eleitoral da Dilma, que deixou o Brasil quebrado. Foi uma orgia. Foi uma orgia orçamentária para ganhar eleição. Tanto é que o Fies (programa federal de financiamento estudantil) saiu de 300 mil contratos para 700 mil. Tudo foi pautado na eleição.

O senhor afirma que pegou o MEC com 700 obras paradas. E hoje, há alguma?

Se tiver é por falha burocrática, falta de priorização do reitor.

É uma briga política dos reitores com o senhor?

Discordo do posicionamento deles. Demonstro claramente que descontingenciamos R$ 4,7 bilhões. Executamos 100% do custeio no ano passado e já liberamos, em oito meses, 65% do orçamento.

O crescimento das federais foi atropelado?

Há muita coisa mal planejada. Eu tenho consciência e noção da importância da rede federal, mas ela deve expandir-se dentro de um planejamento mínimo, de racionalidade. A prioridade atual é consolidar aquilo que foi planejado e está em execução. E outra coisa: tenho o maior respeito pela educação superior, mas sou ministro da Educação. Eu tenho de cuidar da alfabetização, da educação infantil, do ensino fundamental e do ensino médio.

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