Brasil

Dilma fez avaliação positiva da sessão que manteve 26 vetos

Segundo Eunício, que esteve com a presidente pouco antes, a decisão do Congresso deu uma sinalização de responsabilidade fiscal do Legislativo


	"Se o governo encaminhou ao Congresso um orçamento com um buraco de R$ 30 bilhões a ser coberto com a alternativa de criação de novos impostos, colocar mais R$ 200 bilhões de despesas para o Brasil era certeza de criar novos impostos", disse Eunício Oliveira
 (Ueslei Marcelino/Reuters)

"Se o governo encaminhou ao Congresso um orçamento com um buraco de R$ 30 bilhões a ser coberto com a alternativa de criação de novos impostos, colocar mais R$ 200 bilhões de despesas para o Brasil era certeza de criar novos impostos", disse Eunício Oliveira (Ueslei Marcelino/Reuters)

DR

Da Redação

Publicado em 23 de setembro de 2015 às 16h36.

Brasília - O líder do PMDB no Senado, Eunício Oliveira (CE), afirmou nesta quarta-feira, 23, que a presidente Dilma Rousseff fez uma avaliação "positiva" da sessão do Congresso que virou a madrugada de hoje na qual foram mantidos 26 dos 32 vetos presidenciais.

Segundo Eunício, que esteve com a presidente pouco antes, a decisão do Congresso deu uma sinalização de responsabilidade fiscal do Legislativo.

"Se o governo encaminhou ao Congresso um orçamento com um buraco de R$ 30 bilhões a ser coberto com a alternativa de criação de novos impostos, colocar mais R$ 200 bilhões de despesas para o Brasil era certeza de criar novos impostos. (É) um tumulto, é encaminhar um país para um caminho que não queremos, o caminho da Grécia", disse.

O senador não quis se comprometer sobre se os seis vetos remanescentes, em especial o que prevê o reajuste dos servidores do Poder Judiciário, também serão mantidos.

"A manutenção dos vetos depende da Câmara dos Deputados e, em não sendo, ele voltará a ser discutido no Senado. Temos prazo porque a próxima sessão é daqui a 30 dias", limitou-se a dizer.

Reforma administrativa

O líder do PMDB disse também ter informado à presidente que a bancada de senadores do partido não tem "nenhuma reivindicação adicional" a fazer na reforma ministerial.

"Na questão do Senado, nós, que defendemos aqui durante todo o tempo corte de ministérios, não tínhamos nenhum modelo a apresentar e nenhuma reivindicação adicional a fazer ao que já existe da participação do PMDB", disse Eunício, ao chegar ao Congresso após se reunir com Dilma.

Para o líder peemedebista, se a presidente resolver manter a posição do Senado, a bancada estará contemplada.

No momento, o partido tem os senadores licenciados Eduardo Braga (AM), no Ministério de Minas e Energia, Kátia Abreu (TO), na pasta da Agricultura, além de ter Hélder Barbalho, filho do senador Jader Barbalho (PMDB-PA), na Secretaria Especial da Pesca.

A Secretaria da Pesca é uma das principais pastas sob ameaça de extinção ou fusão na reforma administrativa. A presidente quer extinguir 10 ministérios.

Segundo Eunício, Dilma lhe disse que ela quer anunciar a reforma até amanhã, antes de viajar para Nova York em agenda oficial.

O peemedebista afirmou ainda que deve ter um novo encontro com a presidente mais tarde para fechar o espaço que cabe à bancada do PMDB do Senado na Esplanada.

"A bancada do Senado não tem reivindicação em relação à expansão de espaços na questão administrativa", disse Eunício. "Não estamos apresentando demandas novas ao presidente", reforçou.

O líder do PMDB mencionou que o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), o vice-presidente e presidente do PMDB, Michel Temer, e outras lideranças partidárias delegaram para os líderes das bancadas as indicações para compor a reforma.

Acompanhe tudo sobre:Câmara dos DeputadosDilma RousseffMDB – Movimento Democrático BrasileiroPartidos políticosPersonalidadesPolítica no BrasilPolíticosPolíticos brasileirosPT – Partido dos Trabalhadores

Mais de Brasil

Bolsonaro nega participação em trama golpista e admite possibilidade de ser preso a qualquer momento

Haddad: pacote de medidas de corte de gastos está pronto e será divulgado nesta semana

Dino determina que cemitérios cobrem valores anteriores à privatização

STF forma maioria para permitir símbolos religiosos em prédios públicos