MICHEL TEMER: o presidente disse que quem providenciou o jatinho de Joesley foi quem providenciou o transporte foi o ex-ministro da Agricultura Wagner Rossi (PMDB) / Ueslei Marcelino/Reuters (Ueslei Marcelino/Reuters)
Da Redação
Publicado em 8 de junho de 2017 às 18h50.
Última atualização em 23 de junho de 2017 às 18h52.
Dilma espera TSE
Dilma Rousseff (PT), que não se manifestou desde o início do julgamento, também comemorará a decisão: absolvida, ela poderá tentar voltar à política formal em 2018, como deputada ou senadora. Hoje, ela participa de atividades políticas apenas no PT e nos movimentos sociais que gravitam em torno da legenda. Como ela, em decisão controversa do Senado de agosto de 2016, não perdeu os direitos políticos no processo de impeachment, estará elegível para 2018 caso não seja condenada no TSE. Em fevereiro deste ano, ela acenou com a possibilidade de disputar uma vaga no Congresso. “Não serei candidata a presidente da República. Agora, atividades políticas não vou deixar de fazer. Não descarto a possibilidade de uma candidatura para cargos como senadora ou deputada”, disse recentemente em entrevista à agência de notícias France Presse.
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Barroso se desculpa
O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Luís Roberto Barroso se desculpou nesta quinta-feira por ter chamado o ex-ministro Joaquim Barbosa de “negro de primeira linha”. Barroso fez o comentário na noite de quarta, durante um discurso em homenagem a Barbosa, que teve seu retrato incluído na galeria de ex-presidentes da corte. Barroso pediu a palavra logo no início da sessão do STF desta quinta, que tem na pauta o julgamento de uma ação sobre cotas para negros nas vagas na administração pública federal. Emocionado, o ministro afirmou que sua intenção era dizer que Barbosa se tornou “um acadêmico negro de primeira linha” para “celebrar uma pessoa que havia rompido o cerco da subalternidade chegando ao topo da vida acadêmica”, mas se manifestou de “modo infeliz”.
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Preferem Temer
Três dos nomes mais fortes do PSDB, Geraldo Alckmin, João Doria e Marconi Perillo querem que Michel Temer siga presidente até 2018. Doria está tão decidido que a continuidade do mandato é o ideal que fez um discurso de 32 minutos durante o último diretório estadual do PSDB. Deixou o local aplaudido de pé. Para o prefeito e para governador de São Paulo, ambos virtuais candidatos à sucessão de Temer, a queda do presidente desarrumaria o tabuleiro eleitoral por completo, tornando as próximas eleições diretas ainda mais imprevisíveis. Em Brasília, no entanto, a preocupação de tucanos graúdos não é com o futuro de Temer, mas do próprio PSDB. Excelências como Tasso Jereissati, nos bastidores, defendem que o partido entregue seus cargos e dê adeus à base aliada, independentemente de quando e em quais condições Temer vai descer a rampa do Planalto. A informação é da coluna Radar, da revista VEJA.
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Barão Gatuno
Policiais civis do Estado do Rio de Janeiro cumprem nesta quinta-feira 33 mandados de busca e apreensão para investigar um esquema de corrupção e lavagem de dinheiro na empresa de energia Furnas, subsidiária da estatal Eletrobrás. A operação, chamada de Barão Gatuno, tem como base a delação premiada do ex-senador Delcídio do Amaral, durante as investigações da Operação Lava-Jato. Os mandados de busca e apreensão foram expedidos pela Justiça estadual e estão sendo cumpridos pela Delegacia Fazendária, responsável pela investigação do esquema, com o apoio de 15 delegacias e da Coordenadoria de Combate à Corrupção do Laboratório de Tecnologia e Lavagem de Dinheiro da Polícia Civil do Rio.
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Avião do Joesley
O presidente Michel Temer tem uma explicação para o fato de ter voado no jatinho de Joesley Batista, da JBS, para o litoral da Bahia em 2011. Ele disse a aliados que quem providenciou o transporte foi o ex-ministro da Agricultura Wagner Rossi (PMDB). Segundo o relato, o presidente havia pedido ao ministro, que é seu amigo pessoal, alguma aeronave para ir com a família para Comandatuba (BA) e Rossi assim o fez, mas o atual presidente não sabia quem era o dono. Rossi, no entanto, é apontado pelo próprio Joesley como o responsável pela aproximação entre ele e Temer.
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Cotas em concursos: válidas
O Supremo Tribunal Federal (STF) considerou constitucionais, em julgamento na tarde desta quinta-feira, as cotas de 20% para negros em concursos públicos. A lei é de 2014 e vale para órgãos públicos. O Supremo ainda deve analisar se ela se aplica a todos os poderes e se valerá para promoções internas.