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Da Redação
Publicado em 1 de março de 2013 às 22h21.
Rio de Janeiro – A presidenta Dilma Rousseff participou hoje (1) à noite da inauguração do Museu de Arte do Rio (MAR), situado na Praça Mauá, no centro da capital. Dilma elogiou a iniciativa e destacou a importância da união entre governo e empresários para permitir iniciativas como o MAR, que teve apoio da Fundação Roberto Marinho e da Vale.
Ao discursar, Dilma lembrou de seu tempo de militância estudantil, quando ficou detida na sede da Polícia Federal, ao lado do museu, na condição de presa política. “Em torno de 1971, eu fui transferida, pela Operação Bandeirantes, e fiquei ali na Polícia Federal. Estou contando isso porque o Brasil mudou, porque uma presidenta da República convive perfeitamente com os sons das ruas, com as manifestações, com o processo democrático”, disse Dilma.
A presidenta destacou a importância de se incentivar as doações privadas para constituir e aumentar o acervo do MAR, que abre ao público na próxima terça-feira (5) com quatro exposições e cerca de 900 obras de arte.
“Vejo com grande encantamento as filas que se formam [nas exposições] no nosso país, porque o Brasil tem, sim, sede de cultura. É de um profundo elitismo achar que o nosso povo não entende de cultura.” Ao final de seu discurso, a presidenta puxou um Parabéns para Você, acompanhado por todos, pelos 448 anos de fundação da cidade do Rio, comemorados hoje.
Presente à cerimônia, a ministra da Cultura, Marta Suplicy, destacou o caráter educativo do novo museu. “Este é um presente de aniversário muito especial para a cidade do Rio. Os visitantes vão poder conhecer o museu, que será uma revolução na educação dos alunos. Usar o museu como parte da educação escolar é algo bastante moderno. Estamos promovendo no Brasil o acesso universal à cultura.”
O governador do Rio, Sérgio Cabral, destacou a revitalização da região portuária da capital fluminense, que também terá em breve o Museu do Amanhã, a poucos metros do MAR, e anunciou a doação do acervo artístico do extinto Banco do Estado do Rio de Janeiro (Banerj). “Esta cidade merecia um museu desta dimensão. Era um prédio da Polícia Civil onde funcionou a polícia politica da época [da ditadura militar]”, disse Cabral.