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Dilma e Hollande analisam alternativa à austeridade

Os líderes inauguraram nesta terça-feira o Fórum do Progresso Social para apresentar uma estratégia comum alternativa às políticas de ajustes dominantes na Europa


	Dilma durante cerimônia oficial de chegada na França: a presidente espera encontrar em Hollande um aliado para seus pronunciamentos contra a austeridade que domina a Europa
 (Roberto Stuckert Filho/PR)

Dilma durante cerimônia oficial de chegada na França: a presidente espera encontrar em Hollande um aliado para seus pronunciamentos contra a austeridade que domina a Europa (Roberto Stuckert Filho/PR)

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Da Redação

Publicado em 11 de dezembro de 2012 às 08h41.

Paris - A presidente Dilma Rousseff e o chefe de Estado da França, François Hollande, inauguram na tarde desta terça-feira em Paris um Fórum do Progresso Social que deve servir para demonstrar sua capacidade para apresentar uma estratégia comum alternativa às políticas de ajustes dominantes na Europa.

O fórum, organizado pela Fundação Jean Jaurès - vinculada ao Partido Socialista Francês - e o Instituto Lula, do ex-presidente, será o primeiro encontro de Dilma e Hollande em seus dois dias de visita oficial à França.

A conferência, que contará com 20 personalidades internacionais, pretende - segundo os próprios organizadores - "encontrar as condições de um crescimento mundial harmonioso e sustentável, recolocar no centro das políticas públicas e valorizar o bem-estar dos cidadãos sobre os resultados econômicos".

Na prática, Dilma espera encontrar em Hollande um aliado para seus pronunciamentos contra a austeridade que domina a Europa, depois das esperanças que a eleição do líder socialista francês em maio gerou nesse sentido, já que ele baseou boa parte de sua campanha em uma mudança de políticas no Velho Continente para favorecer o crescimento.

A estratégia econômica do governo brasileiro de fomentar o mercado interno com a transferência de fundos a classes sociais desfavorecidas, através de diferentes programas, foi objeto de críticas de instâncias liberais - o melhor exemplo é a polêmica gerada pela revista "The Economist" -, que o acusam de haver provocado um arrefecimento da economia.

Dilma e Hollande se reunirão mais tarde no Palácio do Eliseu para abordar os principais temas da agenda bilateral e internacional, e em seguida haverá uma entrevista coletiva e um jantar de gala.

Provavelmente será a ocasião para voltar a tratar da possível compra pelo Brasil de 36 aviões de combate franceses Rafale do fabricante Dassault Aviation, que concorrem com os F-18 da americana Boeing e com os Gripen do sueco Saab.

O Executivo francês, após várias decepções sobre esse possível contrato desde o fim do mandato de Lula, se mostrou ultimamente muito discreto e, às vésperas da chegada de Dilma à França, se limitou a enfatizar a vontade de transferir tecnologia ao Brasil se o contrato acontecer.

A reunião no Eliseu é o ponto forte da visita oficial de Dilma, que começa nesta manhã com uma recepção solene nos Inválidos de Paris e um desfile em carro aberto até a Assembleia Nacional, onde a mandatária será recebida pelo presidente da casa, Claude Bartolone.

Outro momento importante da passagem da presidente por Paris é o seminário de amanhã sobre as relações franco-brasileiras na sede do Movimento de Empresas da França (Medef), com a presença de ministros de ambos os países.

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