Brasil

Dilma é 'chantageada' para manter alianças, diz Marina

Ex-ministra voltou a criticar o presidencialismo de coalizão, no qual o governo lotearia cargos em troca de apoio no Congresso


	Marina Silva: "eu não consigo imaginar que a presidente Dilma possa se sentir tranquila em mais quatro anos sendo chantageada dentro do Congresso", disse
 (Fabio Rodrigues Pozzebom/ABr)

Marina Silva: "eu não consigo imaginar que a presidente Dilma possa se sentir tranquila em mais quatro anos sendo chantageada dentro do Congresso", disse (Fabio Rodrigues Pozzebom/ABr)

DR

Da Redação

Publicado em 15 de outubro de 2013 às 19h21.

São Paulo - A ex-ministra do Meio Ambiente Marina Silva voltou a criticar nesta terça-feira, 15, o presidencialismo de coalizão, no qual o governo lotearia cargos em troca de apoio no Congresso. Para Marina, com o atual sistema, a presidente Dilma Rousseff é "chantageada" a entregar pastas para manter seu quadro de alianças.

"Eu não consigo imaginar que a presidente Dilma possa se sentir tranquila em mais quatro anos sendo chantageada dentro do Congresso. O meu movimento e o do Eduardo já criou um grupo que está pressionando a presidente para que, se não houver mais acenos, eles podem sair da base. Eu acho isso um horror. Isso tem que acabar", afirmou.

A declaração foi dada durante entrevista ao Programa do Jô, da Rede Globo, que vai ao ar na madrugada desta quarta-feira, 16. Marina, que foi ministra do Meio Ambiente durante cinco anos no governo Lula, defendeu que é preciso que os governantes tenham um projeto de País e não de poder, para que os projetos não mudem a cada troca de governo.

Ao falar da aliança com o PSB do governador de Pernambuco, Eduardo Campos, a ex-ministra disse que o líder do DEM na Câmara, deputado Ronaldo Caiado, foi coerente ao pedir para desfazer o acordo que havia feito de apoiar a provável candidatura de Campos à Presidência. Caiado é um dos principais representantes da bancada ruralista na Casa. "Ele tem uma postura contrária ao desenvolvimento sustentável, que com certeza não teria como prosperar nessa aliança (Rede e PSB). Então ele pediu para sair e está correto", disse.

Marina foi a única entrevistada do programa. Durante quase uma hora, falou sobre os motivos que a levaram a escolher o PSB depois que o pedido de registro da Rede Sustentabilidade foi negado pelo Tribunal Superior Eleitoral e das dificuldades em convencer os militantes da sigla que este é o melhor caminho. Em momentos mais descontraídos, lembrou da alfabetização tardia e do fato de quase ter virado freira.

Acompanhe tudo sobre:CelebridadesDilma RousseffMarina SilvaPartidos políticosPersonalidadesPolíticaPolítica no BrasilPolíticosPolíticos brasileirosPSB – Partido Socialista BrasileiroPT – Partido dos Trabalhadores

Mais de Brasil

Acidente com ônibus escolar deixa 17 mortos em Alagoas

Dino determina que Prefeitura de SP cobre serviço funerário com valores de antes da privatização

Incêndio atinge trem da Linha 9-Esmeralda neste domingo; veja vídeo

Ações isoladas ganham gravidade em contexto de plano de golpe, afirma professor da USP