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Dilma diz que socorro da União a Petrobras não é necessário

A preocupação do Palácio do Planalto é que o rebaixamento da estatal contamine a nota de crédito dos títulos brasileiros


	Dilma: a presidente levantou as mãos, fez um aceno negativo e limitou-se a responder: "Não é necessário"
 (Ueslei Marcelino/Reuters)

Dilma: a presidente levantou as mãos, fez um aceno negativo e limitou-se a responder: "Não é necessário" (Ueslei Marcelino/Reuters)

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Da Redação

Publicado em 26 de fevereiro de 2015 às 15h28.

Brasília - Depois de participar de solenidade no Palácio do Planalto de lançamento do programa Bem Mais Simples, a presidente Dilma Rousseff disse nesta quinta-feira, 26, que não é necessário a União socorrer a Petrobras.

De acordo com reportagem do jornal O Estado de S. Paulo, o governo já acenou com uma ajuda para a empresa de até R$ 6 bilhões, segundo fonte da cúpula da companhia.

A ajuda serviria para reforçar o caixa da Petrobras em um período de turbulência, com a sucessão de denúncias de corrupção envolvendo a estatal.

Questionada pelo Broadcast Político, serviço em tempo real da Agência Estado, sobre o eventual socorro da União à Petrobras, Dilma levantou as mãos, fez um aceno negativo e limitou-se a responder: "Não é necessário".

O rebaixamento da nota de crédito da Petrobras pela agência Moody's caiu como um balde de água fria na equipe econômica do governo.

A preocupação do Palácio do Planalto é que o rebaixamento da estatal contamine a nota de crédito dos títulos brasileiros, justamente numa hora em que o governo luta pelo ajuste fiscal e a equipe econômica tenta recuperar a credibilidade junto ao mercado financeiro.

Caminhoneiros

A respeito dos protestos de caminhoneiros que se estende por mais de uma semana, Dilma limitou-se a dizer que o governo está se empenhando em resolver o problema.

Ela sugeriu haver uma recepção do setor às propostas apresentadas, mas evitou responder sobre a existência ainda de pontos de paralisação em vários Estados do País.

"O governo está fazendo, como vocês viram, todo um esforço na questão da resolução da greve", disse a presidente.

"Apresentamos para várias lideranças e empresários que foram consultados um conjunto de propostas, que já foi divulgado, e a gente tem visto que elas têm tido uma recepção", disse.

"Aguardamos, e os ministros responsáveis estão todos em atividade trabalhando nestas propostas, que eu não vou dizer quais são aqui, porque tenho absoluta certeza que vocês as conhecem", encerrou Dilma, sem responder aos questionamentos.

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