Brasil

Dilma diz que não acredita em transmissão de votos

Dilma faz declaração depois de Marina Silva ter declarado apoio a Aécio Neves


	Dilma Rousseff (PT) em campanha no Centro Educacional Unificado (CEU) na zona leste de São Paulo
 (Reuters/Paulo Whitaker)

Dilma Rousseff (PT) em campanha no Centro Educacional Unificado (CEU) na zona leste de São Paulo (Reuters/Paulo Whitaker)

DR

Da Redação

Publicado em 12 de outubro de 2014 às 14h22.

São Paulo - A presidente e candidata à reeleição Dilma Rousseff (PT) disse neste domingo (12) que "não acredita em transmissão de votos". Segundo ela, "o voto é de cada brasileiro". Mais cedo, a candidata derrotada pelo PSB, Marina Silva, declarou seu apoio a Aécio Neves (PSDB) no segundo turno da eleição presidencial.

Perguntada se a articulação da campanha não teria falhado ao não ter conseguido o apoio da ex-senadora, Dilma disse que não. "Muitas pessoas de outros partidos vieram para a nossa campanha. Quem está do lado do nosso adversário é porque respeita outro projeto que não é o nosso", disse.

A presidente reiterou que é contraria à independência do Banco Central e redução do papel dos bancos públicos no financiamento do crescimento econômico.

"Eu não incorporo algumas coisas no meu programa nem que a vaca tussa", disse a candidata à reeleição, que falou durante entrevista coletiva em uma unidade do Centro Educacional Unificado (CEU) na zona leste de São Paulo.

Dilma afirmou ser "compreensível" Marina ter declarado apoio ao seu adversário "porque, no que se refere à economia, os programas de governo dos dois são bastante próximos".

A presidente também criticou a gestão de Aécio Neves no governo de Minas Gerais, especialmente no combate à mortalidade infantil. De acordo com ela, enquanto o governo federal reduziu em 33% as mortes infantis, Minas Gerais reduziu em apenas 19%.

"Estados do Nordeste como Bahia e Pernambuco reduziram mais. No Sudeste, São Paulo e Rio reduziram mais a mortalidade infantil do que Minas Gerais", disse Dilma.

Petrobras

A petista voltou a falar sobre as denúncias de corrupção que estão sendo feitas pelo ex-diretor da Petrobras Paulo Roberto Costa e pelo ex-doleiro Alberto Youssef no programa de delação premiada. "Eu sou a favor da publicação ampla. Não de partes do processo", voltou a criticar. Dilma questionou o porquê de haver sigilo e justiça para parte do processo e para outra não. "Eu só digo que acho isso muito estranho", afirmou.

A candidata voltou a defender que é favorável a que se puna qualquer pessoa que se envolva com práticas de corrupção, mesmo que seja do PT. "Sou a favor que se investigue e publique. Mas que haja punição. Porque não adianta investigar, publicar e não haver punição. Sem punição não acabaremos com a corrupção em nosso País", disse.

Acompanhe tudo sobre:aecio-nevesCelebridadesDilma RousseffEleiçõesEleições 2014Marina SilvaOposição políticaPartidos políticosPersonalidadesPolítica no BrasilPolíticosPolíticos brasileirosPSDBPT – Partido dos Trabalhadores

Mais de Brasil

Indícios contra militares presos são "fortíssimos", diz Lewandowski

Câmara aprova projeto de lei que altera as regras das emendas parlamentares

PF envia ao STF pedido para anular delação de Mauro Cid por contradições

Barroso diz que golpe de Estado esteve 'mais próximo do que imaginávamos'