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Dilma diz que "não acha necessária" a autonomia do BC

Dilma voltou a defender a política econômica do governo e as medidas tomadas durante a crise econômica


	Dilma: “cada setor nesse país merece ser escutado, ser ouvido e ter seus interesses considerados como legítimos"
 (Ichiro Guerra/Dilma 13)

Dilma: “cada setor nesse país merece ser escutado, ser ouvido e ter seus interesses considerados como legítimos" (Ichiro Guerra/Dilma 13)

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Da Redação

Publicado em 10 de setembro de 2014 às 17h07.

Brasília - A presidente da República e candidata do PT à reeleição, Dilma Rousseff, disse hoje (10) que não “acha necessária” a autonomia do Banco Central e criticou propostas que sugerem a autonomia técnica da instituição, sem o controle do governo e do Congresso Nacional.

“Cada setor nesse país merece ser escutado, ser ouvido e ter seus interesses considerados como legítimos, qualquer setor, inclusive os bancos. Agora, entre isso e eu achar que os bancos podem ser aqueles que garantem a política monetária, fiscal, cambial, há uma diferença”, disse, em entrevista no Palácio da Alvorada.

Dilma voltou a defender a política econômica do governo e as medidas tomadas durante a crise econômica, que, segundo ela, não sacrificaram a geração de empregos, a valorização do salário mínimo e os investimentos. Dilma disse que “tem certeza de que a economia vai melhorar”

“O que estão querendo aplicar não está dando certo no mundo, que é uma política recessiva aberta”, criticou. "Querem fazer um baita ajuste, um baita superávit primário, aumentar os juros para danar, reduzir empregos e reduzir salários", acrescentou.

Dilma apresentou uma proposta para o setor das micro e pequenas empresas e disse que, se reeleita, vai criar uma “rampa de transição” entre o Simples Nacional, que tem benefícios e isenções, e outros regimes tributários. A medida, segundo a candidata, deverá beneficiar microempreendedores individuais, micro e pequenas empresas.

“Quando ele [microempresário] chega no limite de faturamento [do Simples], ele tem medo de crescer, porque perde as vantagens que o Simples Nacional dá a ele. Minha proposta é fazer a rampa da transição do Simples Nacional para outros sistemas tributários. Você não pode deixar que o microempresário tenha medo de crescer, que ele não queira crescer ou que crie mecanismos para transferir o seu crescimento para outrem, para não correr o risco de perder o regime de tributação especial, que é o Simples. Você tem que mudar os limites de uma forma não abrupta”, explicou.

Segundo Dilma, a transição será feita por meio de “uma rampa, e não de uma escada”, porque tem que ser lenta, para que os negócios se preparem para entrar em outros regimes tributários. “Isso vai permitir que empresas estejam mais robustas quando tiverem que enfrentar outros sistemas tributários, aos quais também espero que consigamos reduzir de forma muito significativa a tributação”, acrescentou, sem dar detalhes sobre os novos limites de faturamento ou outros benefícios do sistema de transição.

Atualmente, são enquadrados no Simples Nacional microempreendedores individuais, micro e pequenas empresas com receita bruta anual de até R$ 3,6 milhões anuais, que atuam no mercado interno, e de até R$ 7,2 milhões para as que exportam mercadorias e serviços.

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