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Dilma diz que é preciso ser prudente sobre queda de avião

Presidente disse que o governo brasileiro somente irá se pronunciar sobre o acidente depois que tiver mais clareza sobre os fatos


	Destroços do Boeing 777 da Malaysia Airlines, que caiu próximo da vila de Grabovo, na Ucrânia
 (Maxim Zmeyev/Reuters)

Destroços do Boeing 777 da Malaysia Airlines, que caiu próximo da vila de Grabovo, na Ucrânia (Maxim Zmeyev/Reuters)

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Da Redação

Publicado em 17 de julho de 2014 às 20h49.

A presidente Dilma Rousseff disse nesta quinta-feira que o governo brasileiro somente irá se pronunciar sobre a queda de um avião da Malásia no território ucraniano depois que tiver mais clareza sobre o que aconteceu.

Um avião Boeing 777 da Malaysia Airlines - ar nesta quinta-feira, na disputada região de fronteira entre Rússia e Ucrânia, matando todas as 295 pessoas a bordo.

"O governo brasileiro não se posicionará quanto a isso até que fique mais claro por uma questão não só de seriedade, mas também de prudência. Nós não temos todas as informações", disse Dilma em entrevista a jornalistas no Itamaraty, em Brasília.

Questionada sobre a acusação do governo ucraniano de que o avião teria sido abatido por rebeldes que lutam para anexar o leste da Ucrânia à Rússia, Dilma disse que "temos de olhar com cuidado para ver de fato o que aconteceu".

"Tem um segmento da imprensa dizendo que... este avião que foi derrubado estava na rota da volta do avião do presidente (russo, Vladimir) Putin. Coincidia com o horário e com o percurso. Então, que o míssil seria dirigido ao avião do presidente Putin", disse a presidente.

"Eu acho que é importante ter claro que não era um míssil de fácil manejo", afirmou Dilma.

Putin esteve no Brasil nesta semana para participar da cúpula dos Brics.

Conflito em Gaza

Dilma também comentou a escalada da violência no Oriente Médio, onde Israel e militantes palestinos da Faixa de Gaza travam combates transfronteiriços há dez dias, e classificou de "desproporcional" a ofensiva israelense que já matou pelo menos 233 palestinos.

"O Brasil também reconhece como desproporcional esse ataque israelense à Faixa de Gaza, com a morte de mulheres e crianças, civis em geral", disse.

Os ataques começaram depois que três estudantes judeus foram mortos na Cisjordânia no mês passado e um jovem palestino foi morto no que se suspeita ter sido um gesto de retaliação. Desde então, militantes palestinos têm alvejado o território israelense com mísseis.

Dilma reafirmou o posicionamento do governo brasileiro para a criação de dois Estados, um palestino e um israelense.

"Estamos vivendo uma situação muito, muito triste, para não dizer lamentável com o que está ocorrendo na Faixa de Gaza. Por que nós estamos vendo pessoas perderem a vida", disse Dilma.

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