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Dilma diz não concordar com Macron sobre status internacional à Amazônia

Em agosto, líder francês sugeriu discutir status especial para a região, caso o Brasil tomasse medidas que fossem contra interesses do restante do mundo

Dilma Rousseff: ex-presidente criticou política ambiental do governo Bolsonaro (Mario De Fina/Getty Images)

Dilma Rousseff: ex-presidente criticou política ambiental do governo Bolsonaro (Mario De Fina/Getty Images)

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EFE

Publicado em 16 de setembro de 2019 às 20h06.

Última atualização em 16 de setembro de 2019 às 20h07.

Paris — A ex-presidente Dilma Rousseff garantiu nesta segunda-feira, 16, não concordar com a sugestão do presidente da França, Emmanuel Macron, de conceder um status internacional à Amazônia, durante participação em um seminário na universidade Sciences Po, em Paris.

"Não estou de acordo com a proposta do presidente Macron sobre a conservação da Amazônia. Não acho que ele esteja atuando bem na Guiana Francesa", afirmou a ex-chefe de Estado, se referindo ao departamento ultramarino francês, composta por parte da floresta amazônica.

Ao fim da fala de hoje, que fez parte do seminário "A crise democrática na América Latina e no mundo", Dilma, que sofreu impeachment em 2016, foi ovacionada pelo público.

Em agosto, pouco depois de anunciar que o G7 disponibilizaria US$ 20 milhões (R$ 81,7 milhões) para combater os incêndios na Amazônia, Macron levantou a possibilidade de discutir um status especial para a região, caso um Estado soberano tomasse medidas concretas que fossem contra os interesses do restante do planeta.

Dilma, que classificou o governo de Jair Bolsonaro como "de extrema-direita" e "neofascista", criticou a política ambiental do atual presidente e também a forma de agir do líder, como no caso das ofensas à primeira-dama da França, Brigitte Macron.

"Se tivesse sido com um homem, ele não teria sido tão desrespeitoso. Acho que esse elemento foi grande", condenou Dilma.

"As mulheres na América Latina enfrentam a mesma situação do que as do restante do mundo: somos consideradas objetos", completou a ex-presidente, que avaliou ter existido componente misógino no processo de afastamento que passou.

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