Brasil

Dilma diz crer em sensibilidade de parlamentares para ajuste

Dilma disse a jornalistas que, apesar das diferenças, "há uma consciência básica de que trabalhamos pelo Brasil"


	A presidente Dilma Rousseff: "há uma consciência básica de que trabalhamos pelo Brasil"
 (Roberto Stuckert Filho/PR/Fotos Públicas)

A presidente Dilma Rousseff: "há uma consciência básica de que trabalhamos pelo Brasil" (Roberto Stuckert Filho/PR/Fotos Públicas)

DR

Da Redação

Publicado em 6 de maio de 2015 às 12h41.

Brasília - A presidente Dilma Rousseff afirmou nesta quarta-feira que é preciso aguardar as negociações sobre as medidas provisórias do ajuste fiscal no Congresso Nacional, mas disse acreditar na "sensibilidade" de parlamentares para que sejam votadas, um dia após impasse em uma das MPs no plenário da Câmara dos Deputados.

Em entrevista a jornalistas após cerimônia de lançamento do Plano Nacional de Defesa Agropecuária, Dilma afirmou que "há uma consciência básica... a favor do Brasil", apesar das divergências.

"É impossível o país achar que ele vive de um dia para o outro grandes transformações. Então vamos aguardar para ver como é que transcorre essa votação do ajuste, vamos nos manter tranquilos", afirmou a presidente.

"Eu tenho certeza que haverá por parte dos parlamentares a sensibilidade necessária para que se vote o ajuste."

Questionada se o clima de animosidade deixa a aprovação do ajuste fiscal mais difícil, Dilma afirmou que "a gente não pode fazer análises políticas sobre questões relevantes como é o caso do ajuste em cima de climas emocionais momentâneos".

O Executivo enviou duas MPs ao Congresso Nacional, que já foram analisadas previamente por comissões mistas e estão prontas para votação no plenário da Câmara.

Uma delas, a 665, que altera regras de acesso a benefícios trabalhistas como o seguro-desemprego e o abono salarial, chegou a ser pautada para a terça-feira, mas deixou de ser analisada após o líder do PMDB, Leonardo Picciani (RJ), afirmar que a bancada não votaria até que o "PT nos explique o que quer".

A declaração do peemedebista foi motivada pela exibição de propaganda partidária do PT na noite de terça, em que o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva defendeu os direitos dos trabalhadores ao criticar o projeto de lei da terceirização, que também tramita no Congresso. O programa teria constrangido parlamentares do PMDB e de outros partidos da base.

Questionada por jornalistas sobre sua ausência na propaganda do PT, Dilma respondeu que "nem sempre" participa dos programas partidários.

Em relação ao panelaço ocorrido em algumas cidades do país durante a exibição do programa do PT, Dilma afirmou que respeita a livre manifestação por ser algo que foi conquistado "a duras penas".

*Atualizado às 12h40

Acompanhe tudo sobre:Ajuste fiscalCongressoDilma RousseffPersonalidadesPolítica no BrasilPolíticosPolíticos brasileirosPT – Partido dos Trabalhadores

Mais de Brasil

Decisão de Moraes cita seis núcleos e os participantes de tentativa de golpe de Estado

CPI das Bets aprova convocação de Gusttavo Lima e convite a Felipe Neto

Alexandre de Moraes manda para PGR e tira sigilo de relatório da PF que indiciou Bolsonaro

Aneel libera bônus de R$ 1,3 bi de Itaipu para aliviar contas de luz em janeiro de 2025