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Em entrevista, Dilma promete lutar para voltar ao governo

Dilma afirmou que o "nível de eficácia" das investigações sobre a corrupçãp aumentou sob sua administração


	Dilma Rousseff: "O que vamos fazer é resistir, resistir e resistir. E, mais ainda, lutar para garantir que sairemos vitoriosos e voltaremos a assumir o poder".
 (Andressa Anholete / AFP)

Dilma Rousseff: "O que vamos fazer é resistir, resistir e resistir. E, mais ainda, lutar para garantir que sairemos vitoriosos e voltaremos a assumir o poder". (Andressa Anholete / AFP)

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Da Redação

Publicado em 5 de maio de 2016 às 06h59.

Londres - A presidente Dilma Rousseff afirmou nesta quinta-feira para a emissora britânica BBC que é uma "vítima inocente" da atual crise no Brasil e garantiu que "lutará" contra o processo de impeachment.

"Sim, acredito que sou uma vítima e que, certamente, sou inocente. E, ao mesmo tempo, sou uma vítima inocente", insistiu a presidente.

O Senado tem que decidir se levará adiante o processo de impeachment de Dilma Rousseff na próxima semana, relacionado com as acusações de manipulação de contas do governo, algo que ela nega.

"O que nós no governo acreditamos, e o que meus simpatizantes acreditam, é que o contínuo processo de impeachment é ilegítimo e ilegal", acrescentou a presidente, que considera que o processo está baseado em "uma mentira".

"O que vamos fazer é resistir, resistir e resistir. E, mais ainda, lutar para garantir que sairemos vitoriosos e voltaremos a assumir o poder", acrescentou a mandatária.

Dilma considerou que não foram feitos "esforços suficientes" para combater a corrupção no Brasil, mas que o "nível de eficácia" das investigações aumentou sob sua administração.

Além disso, Dilma admitiu que viveu "um momento amargo" ao receber a tocha olímpica dos Jogos do Rio 2016, já que não há certeza de que ela poderá estar presente em agosto na abertura da competição esportiva devido à crise política.

Dilma é acusada de manipular os números do orçamento de 2014 a fim de fazer com que o rendimento econômico do governo parecesse melhor do que era, as chamadas "pedaladas fiscais".

Caso o processo de impeachment prospere, o vice-presidente, Michel Temer assumirá o poder como presidente interino.

Dilma acusou o vice-presidente de ser um dos líderes de uma suposta tentativa de "golpe".

A presidente rompeu com Temer, pois este já começou a articular a composição de um eventual novo governo que poderá assumir o poder assim que a governante for notificada oficialmente do início do processo de impeachment. 

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