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Dilma defende investimentos em mobilidade urbana no Nordeste

Dilma voltou a criticar a falta de investimentos em transporte público e mobilidade urbana nas décadas de 1980 e 1990

Dilma Rousseff durante cerimônia de inauguração das estações Chico da Silva e José de Alencar da linha sul do metrô de Fortaleza: Dilma embarcou na Estação Chico da Silva e percorreu um trecho subterrâneo até a Estação José de Alencar. (Roberto Stuckert Filho/PR)

Dilma Rousseff durante cerimônia de inauguração das estações Chico da Silva e José de Alencar da linha sul do metrô de Fortaleza: Dilma embarcou na Estação Chico da Silva e percorreu um trecho subterrâneo até a Estação José de Alencar. (Roberto Stuckert Filho/PR)

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Da Redação

Publicado em 18 de julho de 2013 às 14h33.

Brasília – Ao inaugurar duas estações de metrô em Fortaleza (CE), a presidente Dilma Rousseff defendeu hoje (18) que as médias e grandes cidades do Nordeste recebam investimentos em mobilidade urbana como os que foram feitos na década de 1990 nos centros urbanos da região Sudeste.

“Essas cidades podem e devem ter um tratamento urgente no sentido de assegurar que a gente tenha condições de fazer mais por elas. Mais do que [na década de] 1990, em 1997 fizeram pelas cidades do Sudeste. Temos que fazer também por essas grandes cidades do Nordeste”, disse a presidente em discurso.

Dilma embarcou na Estação Chico da Silva e percorreu um trecho subterrâneo até a Estação José de Alencar. As duas fazem parte da Linha Sul do metrô da capital cearense. O valor total do projeto da Linha Sul é R$ 1,5 bilhão, sendo R$ 1,2 bilhão do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) e R$ 300 milhões do governo do Ceará.

Segundo a presidente, além do impacto direto no sistema de transporte público, a ampliação do metrô melhora as condições de trabalho das pessoas que utilizam o serviço. “As pessoas passam muito tempo dentro de um ônibus, de um transporte. Quando se faz um projeto como esse, estamos dando qualidade de trabalho, porque a pessoa terá melhores condições para enfrentar um dia de trabalho e ao voltar terá acesso ao seu lazer e ao seu descanso mais cedo”, disse.


Dilma voltou a criticar a falta de investimentos em transporte público e mobilidade urbana nas décadas de 1980 e 1990 e disse que não havia aplicação de recursos no setor por falta de vontade política. “Naquele momento umas das avaliações era que metrô era coisa de rico, que um país pobre não devia fazer metrô, como se fosse possível que um país em acelerada urbanização e concentrando cada vez mais a população prescindisse de metrô”, avaliou.

“Antes de nós, poucos investimentos foram feitos em transporte coletivo. Era convencionado que transporte coletivo era responsabilidade de estados e municípios e que governo federal não tinha que pôr dinheiro. Mas transporte público é um problema dos brasileiros”, acrescentou. Segundo Dilma, o governo está investindo R$ 89 bilhões em 192 obras de mobilidade em 100 cidades de médio e grande porte, que incluem metrôs, corredores de ônibus, BRTs e VLTs.

Durante a cerimônia, Dilma também assinou a ordem de serviço para dar início às obras do primeiro trecho do Cinturão das Águas, para assegurar o abastecimento de água da região do Cariri. A presidente disse que aumentar a oferta de água na região Nordeste também é uma questão de vontade política e requer ampliação dos investimentos.

“Resolver a segurança hídrica também requer vontade política. Queremos que aqui se conviva com a seca, o que significa ser capaz de impedir que os efeitos perversos dela atuem sobre a atividade produtiva e sobre a vida de cada um dos nordestinos que vivem no semiárido”.

Ainda hoje em Fortaleza, Dilma participa da formatura de três mil estudantes do Programa Nacional de Acesso ao Ensino Técnico e Emprego (Pronatec).

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