Brasil

Dilma defende consulta popular sobre reforma política

Presidente disse que acha "muito difícil" não haver consulta popular sobre a reforma política, seja por meio de plebiscito ou de referendo


	Dilma Rousseff: presidente declarou que viu um movimento "muito forte" em vários segmentos pela reforma política
 (Ueslei Marcelino/Reuters)

Dilma Rousseff: presidente declarou que viu um movimento "muito forte" em vários segmentos pela reforma política (Ueslei Marcelino/Reuters)

DR

Da Redação

Publicado em 28 de outubro de 2014 às 20h30.

São Paulo - A presidente reeleita Dilma Rousseff afirmou nesta terça-feira, em entrevista ao Jornal da Band, da Rede Bandeirantes de Televisão, que acha "muito difícil" não haver consulta popular sobre a reforma política, seja por meio de plebiscito ou de referendo.

Dilma afirmou que, nesta eleição, viu uma "ânsia imensa" pela reforma. Segundo ela, a partir de assinaturas encaminhadas ao Congresso, o projeto de mudança das regras entra na pauta.

"Os congressistas defendem a consulta popular para a reforma política", disse.

De acordo com definição Tribunal Superior Eleitoral (TSE), o plebiscito é convocado previamente à criação do ato legislativo ou administrativo que trate do assunto em pauta, e o referendo é chamado posteriormente, cabendo ao povo ratificar ou rejeitar a proposta.

Conforme a presidente reeleita, deve-se discutir "como encarar reformas fundamentais, como a política e a tributária".

Dilma declarou que viu um movimento "muito forte" em vários segmentos pela reforma política, mas que "nem todos pensam igual".

"Mas todos estão irmanados na questão da reforma política e me apresentaram entre 7 e 8 milhões de assinaturas; eles me deram só a cópia e vão encaminhar para o Congresso", explicou.

"A partir daí, é possível uma legislação de iniciativa popular que coloque na pauta esta questão." A presidente reeleita afirmou acreditar ser muito difícil que o debate sobre a questão não seja uma "discussão interativa".

Na análise de Dilma, o Congresso "vai partilhar esse processo com a população, com setores organizados".

Conselhos populares

A outra pergunta do jornalista Ricardo Boechat, a presidente disse que a negociação em torno do projeto dos conselhos populares não é "um toma lá da cá, não pode ser assim".

Na avaliação de Dilma, os entendimentos sobre o tema têm de ser "uma negociação sobre as questões importantes para o futuro do País".

A petista afirmou ainda achar que pode "perder ou ganhar" em votações no Legislativo, mas que se deve encarar as reformas fundamentais, como política e tributária.

"São as grandes questões que vão mobilizar o País para garantir que o Brasil seja, de fato, um país que encontre crescimento e prosperidade para a população".

Acompanhe tudo sobre:Dilma RousseffGoverno DilmaPersonalidadesPlebiscitoPolítica no BrasilPolíticosPolíticos brasileirosPT – Partido dos TrabalhadoresReferendoReforma política

Mais de Brasil

Acidente com ônibus escolar deixa 23 mortos em Alagoas

Dino determina que Prefeitura de SP cobre serviço funerário com valores de antes da privatização

Incêndio atinge trem da Linha 9-Esmeralda neste domingo; veja vídeo

Ações isoladas ganham gravidade em contexto de plano de golpe, afirma professor da USP