Brasil

Dilma defende caráter obrigatório para acordo da COP-21

Em sua declaração, Dilma classificou ainda o incidente na bacia hidrográfica de Mariana como "o maior desastre ambiental da história do Brasil"


	Dilma Rousseff conversa Matteo Renzi, premier da Itália, e Alexis Tsipras, premier da Grécia, na COP 21: a brasileira defendeu que o acordo de Paris tenha caráter obrigatório
 (Martin Bureau/ Reuters)

Dilma Rousseff conversa Matteo Renzi, premier da Itália, e Alexis Tsipras, premier da Grécia, na COP 21: a brasileira defendeu que o acordo de Paris tenha caráter obrigatório (Martin Bureau/ Reuters)

DR

Da Redação

Publicado em 30 de novembro de 2015 às 11h32.

Paris - A presidente Dilma Rousseff defendeu nesta segunda-feira, 30, em seu discurso na 21ª Conferência do Clima das Nações Unidas (COP 21), em Paris, a adoção de um acordo global contra as mudanças climática que seja "legalmente vinculante", ou seja, que tenha caráter compulsório para os países signatários.

Em sua declaração, Dilma classificou ainda o incidente na bacia hidrográfica de Mariana como "o maior desastre ambiental da história do Brasil", culpando "empresas" que serão "punidas severamente".

O discurso da chefe de Estado brasileira foi feito ao mesmo tempo em que a chanceler da Alemanha, Angela Merkel, e o presidente da Rússia, Vladimir Putin, falaram em outras salas, o que dissipou sua audiência.

"Estamos aqui em Paris para construir uma resposta conjunta que só será eficaz se for coletiva e justa", argumentou a presidente.

"A melhor maneira de construir soluções comuns é a nossa união em torno de um acordo justo, universal e ambicioso que limite nesse século a elevação da temperatura média global a 2ºC."

Foi nesse momento que a brasileira defendeu que o acordo de Paris, que substituirá o Protocolo de Kyoto como grande marco legal da luta contra as mudanças climáticas, tenha caráter obrigatório.

"Devemos construir um acordo que seja também, e fundamentalmente, legalmente vinculante", afirmou.

"O nosso acordo não pode ser um simples resumo das melhores intenções de todos. Ele definirá caminhos e compromissos que devemos percorrer para juntos vencermos o desafio planetário do aquecimento global."

O discurso deixa nas entrelinhas a porta entreaberta para que o Brasil apoie a proposta de um acordo que tenha cláusulas obrigatórias, e outras sem esse caráter.

Essa é a tendência indicada pela secretária-executiva da Convenção das Nações Unidas sobre a Mudança do Clima (UNFCCC), Christiana Figueres.

Acompanhe tudo sobre:Dilma RousseffPersonalidadesPolíticosPolíticos brasileirosPT – Partido dos TrabalhadoresPolítica no BrasilONUClimaCOP 21

Mais de Brasil

Formação de ciclone na Argentina provoca alertas de chuvas em estados de três regiões do Brasil

Disputa de 2026 será por 10% do eleitorado desinteressado que busca pelo novo, diz CEO da AtlasIntel

Crise das bebidas com metanol: Procon fiscaliza mais de de mil bares de SP em uma noite

Lula viaja para Roma neste sábado e se encontrará com papa Leão XIV