Brasil

Dilma declara repúdio a episódio envolvendo Evo Morales

A União de Nações Sul-Americanas (Unasul) deve fazer uma reunião extraordinária nesta quinta-feira, 4, para tratar do assunto


	Para Dilma, o "constrangimento ao presidente Morales atinge não só à Bolívia, mas a toda América Latina" e "compromete o diálogo entre os dois continentes e possíveis negociações entre eles"
 (REUTERS/Heinz-Peter Bader)

Para Dilma, o "constrangimento ao presidente Morales atinge não só à Bolívia, mas a toda América Latina" e "compromete o diálogo entre os dois continentes e possíveis negociações entre eles" (REUTERS/Heinz-Peter Bader)

DR

Da Redação

Publicado em 3 de julho de 2013 às 17h11.

Brasilia - Em nota divulgada nesta quarta-feira, a presidente Dilma Rousseff expressou "indignação e repúdio ao constrangimento imposto ao presidente Evo Morales por alguns países europeus, que impediram o sobrevoo do avião presidencial boliviano por seu espaço aéreo".

Para Dilma, o "constrangimento ao presidente Morales atinge não só à Bolívia, mas a toda América Latina" e "compromete o diálogo entre os dois continentes e possíveis negociações entre eles".

Conforme informou nesta quarta-feira o jornal O Estado de S.Paulo, o chanceler boliviano, David Choquehuanca, afirmou que o avião de Morales foi proibido de aterrissar em Portugal para uma escala e impedido de entrar no espaço aéreo francês em razão da desconfiança de que o ex-agente americano Edward Snowden estivesse a bordo.

O incidente ocorreu após Evo declarar, na Rússia, estar disposto a avaliar um pedido de asilo feito pelo fugitivo.

"O noticiado pretexto dessa atitude inaceitável - a suposta presença de Edward Snowden no avião do Presidente -, além de fantasiosa, é grave desrespeito ao Direito e às práticas internacionais e às normas civilizadas de convivência entre as nações. Acarretou, o que é mais grave, risco de vida para o dirigente boliviano e seus colaboradores", diz a nota.

A União de Nações Sul-Americanas (Unasul) deve fazer uma reunião extraordinária nesta quinta-feira, 4, para tratar do assunto.

O governo brasileiro deverá ser representado pelo secretário-geral do Itamaraty, Eduardo Santos - a presidente Dilma Rousseff cumpre agenda amanhã em Salvador, para lançar o Plano Safra do Semiárido.

Acompanhe tudo sobre:Dilma RousseffDiplomaciaEdward SnowdenEvo MoralesPersonalidadesPolítica no BrasilPolíticosPolíticos brasileirosPT – Partido dos Trabalhadores

Mais de Brasil

Às vésperas do Brics, Brasil realiza primeira exportação de carne bovina para o Vietnã

Moraes teve 'sabedoria' ao levar aumento do IOF para conciliação, diz Alckmin

Brasil assina carta de intenções com gigante chinesa de energia que envolve minerais nucleares

Fórum Empresarial do Brics: Lula defende comércio multilateral dos países emergentes