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Dilma corta emendas do Congresso e preserva PAC

De acordo com a ministra do Planejamento, Miriam Belchior, o PAC não será reduzido, nem terá projetos adiados

Miriam Belchior, ministra do Planejamento: redução nas emendas parlamentares (Renato Araújo/Agência Brasil)

Miriam Belchior, ministra do Planejamento: redução nas emendas parlamentares (Renato Araújo/Agência Brasil)

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Da Redação

Publicado em 10 de fevereiro de 2011 às 08h16.

Brasília - Em meio a uma tensa negociação com sua base no Congresso para garantir a aprovação do salário mínimo de R$ 545, o governo anunciou ontem um corte de R$ 50 bilhões em suas despesas que será cumprido, em boa parte, por emendas de parlamentares ao Orçamento de 2011.

Dos R$ 21 bilhões incluídos pelo Legislativo na programação de gastos deste ano, R$ 18 bilhões, cerca de 86%, deverão ser decepados, segundo informou fonte do Palácio do Planalto.

Enquanto os parlamentares ficarão com seus projetos dormindo nas gavetas dos ministérios, o Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) sairá ileso do aperto. Ele não será reduzido, nem terá projetos adiados, afirmou ontem a ministra do Planejamento, Miriam Belchior. Ela, porém, não confirmou a magnitude dos cortes nas emendas.

Num claro enfrentamento das pressões do Congresso, o governo previu que o mínimo de 2011 será mesmo de R$ 545. “Não mais que isso”, frisou o ministro da Fazenda, Guido Mantega. Se o valor for maior, serão cortadas mais despesas. O mesmo será feito se for aprovada a revisão da tabela do Imposto de Renda da Pessoa Física.

O enxugamento de gastos atingirá também o setor produtivo. O Tesouro vai reduzir os volumes que repassa ao Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) a título de subsídio. “Significa que o BNDES vai trabalhar com os juros um pouco mais elevados”, explicou Mantega. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Leia mais: Corte de R$ 50 bi é otimo sinal, mas juros ainda precisam subir, diz Tendências

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