Brasil

Dilma convoca reunião com aliados em busca de diálogo

Presidente quer retomar o diálogo com o Congresso no momento em que sua popularidade está em queda e sua articulação política é criticada por parlamentares

Presidenta Dilma Rousseff durante visita ao Sindicato dos Comerciários de São Paulo com o prefeito da cidade (Roberto Stuckert Filho/PR)

Presidenta Dilma Rousseff durante visita ao Sindicato dos Comerciários de São Paulo com o prefeito da cidade (Roberto Stuckert Filho/PR)

DR

Da Redação

Publicado em 31 de julho de 2013 às 18h01.

Brasília - A presidente Dilma Rousseff convocou uma reunião com os líderes dos partidos aliados para a próxima semana, numa tentativa de retomar o diálogo com o Congresso no momento em que sua popularidade está em queda e a articulação política do governo é duramente criticada pelos parlamentares.

Desde o início do mandato, Dilma manteve uma relação distante, na avaliação de parlamentares, que ao longo deste ano demonstraram insatisfação nas votações na Câmara e no Senado. Quase todas as propostas do governo são alvo de mudanças nas duas Casas, e o Executivo tem dificuldade para mobilizar sua ampla base de apoio, formada por 17 partidos.

O encontro de Dilma com os líderes dos partidos aliados da Câmara e do Senado será na próxima segunda-feira, segundo um parlamentar que pediu para não ser identificado, e a expectativa é que a presidente aponte soluções claras para a difícil relação entre o Executivo e o Legislativo.

"Será uma reunião decisiva para ela", disse o parlamentar. Os presidentes da Câmara, Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN), e do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), também devem ser convidados para a reunião.

O governo se prepara para a volta dos parlamentares ao trabalho em agosto, após o chamado "recesso branco" de julho, para reduzir os riscos de derrota em votações como vetos presidenciais, a medida provisória do programa Mais Médicos e o projeto de lei do Código de Mineração.

E há ainda a difícil negociação da Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO), que está diretamente ligada à aprovação de uma Proposta de Emenda Constitucional (PEC) que torna o pagamento de emendas parlamentares obrigatório. Seria uma despesa adicional de 15 bilhões de reais ao ano para o governo a partir de 2014.

Uma fonte do governo, que também falou sob condição de anonimato, afirmou que desde as manifestações populares que tomaram as ruas do país em junho, a presidente avalia o que fazer para melhorar a relação com o Congresso.

O objetivo da reunião da próxima semana, segundo essa fonte, é inaugurar uma nova forma de articulação política, em que Dilma teria um papel mais ativo no diálogo com os congressistas. A promessa já foi feita outras vezes durante o seu mandato.

A frágil articulação política do governo ficou ainda mais debilitada com a forte queda de popularidade da presidente depois das manifestações populares e num cenário econômico cada vez mais complicado, agora com crescimento do desemprego.

Em outra frente, a presidente determinou a liberação de recursos para emendas parlamentares. Na terça, ela se reuniu com dez ministros e pediu que agilizem o empenho das emendas para que o governo cumpra um cronograma para desembolsar 4 bilhões de reais até o final de agosto.

Acompanhe tudo sobre:CongressoDilma RousseffGoverno DilmaPersonalidadesPolíticaPolítica no BrasilPolíticosPolíticos brasileirosPT – Partido dos Trabalhadores

Mais de Brasil

Governadores do Sul e do Sudeste criticam PEC da Segurança Pública proposta por governo Lula

Leilão de concessão da Nova Raposo recebe quatro propostas

Reeleito em BH, Fuad Noman está internado após sentir fortes dores nas pernas

CNU divulga hoje notas de candidatos reintegrados ao concurso